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Como diferenciar um espirro normal daquele causado pela covid-19?

Chegada do outono traz queda na temperatura e ar mais seco que favorecem doenças respiratórias

A pandemia de Covid-19 deixou todo o mundo em alerta em relação ao autocuidado e, principalmente, aos sinais que o corpo dá quando algo não vai bem. No entanto, alguns sintomas podem acabar gerando pânico nas pessoas que ficam em dúvida se foram contaminadas pelo novo coronavírus ou se apenas estão com alguma outra condição de saúde, como resfriado ou rinite.

“Nem todo espirro é sinal de coronavírus”, alerta Maura Neves, médica otorrinolaringologista formada pela USP e que atende na Medprimus, que lembra que as crises de espirro tendem a ser mais frequentes nesta estação justamente porque o ar mais seco e frio aumenta a concentração de poluentes no ar.

Outro ponto de atenção é que, por causa do frio, muitas vezes trocamos o ambiente ventilado e arejado por locais fechados, de modo que, sem querer, acabamos ficando mais expostos aos ácaros, poeira, fungos e vírus. “Sempre foi assim. O importante é, agora, sabermos diferenciar uma crise de rinite da Covid-19 e evitar o pânico”, diz a médica.

Mas afinal, qual a diferença entre uma infecção e uma alergia?

“As infecções virais, a saber gripes e resfriados, apresentam como sintomas principais: dor de garganta, cansaço, dor de cabeça além dos sintomas nasais de obstrução, coriza e espirro”, ensina Maura.

A diferença entre resfriado e gripe é que, nesta última, os sintomas são mais intensos e podem ser acompanhados por febre. A duração é de 3 a 7 dias com média de 5 dias.

Na rinite e crises alérgicas, os sintomas são só nasais: obstrução, coriza, espirros e coceira. Os sintomas podem durar algumas horas, alguns dias ou serem perenes. “Uma característica importante nas rinites é que os espirros são, muitas vezes, em salvas, ou seja, vêm em séries de muitos e na sequência. Pode ocorrer em qualquer hora do dia a depender do momento da crise de rinite. Muitas pessoas relatam espirros em salva ao acordar ou sair do banho, por exemplo, o que ocorre por conta da variação de temperatura corporal.”

E a rinite é algo bastante comum: estudos populacionais indicam que cerca de 30% da população sofre deste tipo de alergia, sem contar as rinites não alérgicas (irritativa, hormonal, do idoso etc.).

“E a Covid-19? Como diferenciar?” Essa é a grande questão que mais fazem para a médica. Os sintomas da Covid-19 são parecidos com os da gripe e, nos casos mais graves, somam ainda febre alta, tosse e dificuldade para respirar. “Porém, pode ocorrer de serem sintomas mais leves, como nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta e até sintomas gastrointestinais, como dor de barriga, diarreia e vômito. A perda de olfato e paladar ocorre muitas vezes sem a obstrução nasal e os espirros não são tão frequentes, embora possam aparecer”, ensina Maura.

A dica deixada pela médica é se atentar aos demais sintomas que acompanham a crise de espirros. Rinites, por exemplo, não têm dor de garganta ou febre e são acompanhadas de coceira e salva. Já gripes e resfriados não têm coceira. Se o nariz ficar obstruído, a perda de olfato ocorrerá por este motivo e, no caso da Covid-19 isso ocorre sem que o nariz fique entupido.

“De qualquer forma, se houver dúvida, o médico deve ser consultado para melhor orientação”, conclui Maura.

Fonte: Medprimus

O que fazer para evitar crises de rinite

A rinite tem como principais sintomas o nariz tampado, coriza, espirros e coceira. Estes sintomas ocorrem em maior ou menor intensidade além de poderem ou não estar presentes durante as crises.

Maura Neves, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF, explica que o tratamento das rinites é feito por meio do uso de medicações. Porém, usar o remédio e não evitar a causa da alergia possivelmente não resolverá os sintomas da rinite.

São necessárias, além dos medicamentos, mudanças de comportamento e mudanças em casa. Este conjunto de medidas é chamado de Higiene Ambiental e ajuda bastante o controle da rinite.

A médica cita dicas para manter o ambiente limpo e evitar a rinite:

Sono Bom
Para o sono ser bom nada como respirar bem. Dessa maneira, o quarto de quem tem rinite deve:

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• Ser bem ventilado e ensolarado;
• Não usar travesseiro e colchão de pena: prefira os de espuma, fibra ou látex, sempre que possível envoltos em material plástico (vinil) ou em capas impermeáveis aos ácaros;
• Limpar o estrado da cama ao menos duas vezes por mês;
• Trocar e lavar roupas de cama e cobertores regularmente com detergente e a altas temperaturas (>55ºC). Secá-las ao sol ou ar quente;

janela persiana StockSnap por Pixabay
StockSnap/Pixabay

• Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadões. Dar preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido;
• Deixar camas e berços afastados da parede. Caso não seja possível, coloque-a junto à parede sem marcas de umidade ou a mais ensolarada;
• Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão ou qualquer outro local onde possam ocorrer acumulo de poeira e ácaros. Substitua-os por brinquedos de tecido para que possam ser lavados com frequência;

mofo parede pinterest
Pinterest

• Não ter mofo e umidade: solução diluída de água sanitária pode ser aplicada nos locais mofados até a resolução do problema.

Faxina na casa!
A limpeza da casa pode se tornar um fator causal de crises de rinite. Para que isso não aconteça o ideal é:

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• Evitar o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns. Isto faz com que o pó se espalhe no ar o que piora a rinite;
• Utilize pano úmido diariamente na casa ou use aspiradores de pó com filtros especiais (HEPA) 2x/semana. Além disso, o alérgico não deve estar em casa enquanto se faz a limpeza;
• Dar preferência às pastas e sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha. Evitar talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays.

Animais de estimação
Não é rara a rinite ser causada por pelos de animais como cães e gatos. Nestes casos o melhor é:

purificador de ar com hepa silentnight
Silentnight

• Evitar que os animais entrem no quarto do alérgico (especialmente na cama);
• Se for impossível, restringir o animal a uma única área da casa e utilizar purificadores HEPA no quarto.

Outras dicas para reduzir a rinite

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• Não fumar e nem deixar que fumem dentro da casa e do automóvel;
• Evite banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura;
• Pratique esportes ao ar livre, evitando-se dias com alta exposição aos poluentes em determinadas áreas;
• Manter os filtros dos aparelhos de ar condicionado sempre limpos ( de casa e do carro!) Se possível limpe-os mensalmente. Lembrar que o ar condicionado é seco e pode ser irritante;
• Lave sempre o nariz com solução fisiológica 0,9%: a lavagem deve ser feita ao menos duas vezes ao dia para prevenir as crises de rinite.

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Fonte: Maura Neves é otorrinolaringologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da USP . Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF
Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas. Atende na Clínica Medprimus

 

Inverno, a estação da rinite

Não sei se você é como eu, e sofre com a rinite, especialmente quando o tempo fica seco, como está aqui na cidade de São Paulo hoje. Resultado: espirros, dor de cabeça, voz anasalada, vários lenços de papel pela casa…

O importante é saber lidar com o problema, pois mudanças bruscas de temperatura e baixa umidade do ar são características do inverno. Nesta época do ano é comum ambientes fechados, pouco arejados e com grande volume de pessoas, o que contribui para proliferação de doenças respiratórias como a rinite.

Maura Neves, otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus em São Paulo, explica que a rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser alérgica ou não alérgica (irritativo, gestacional, senil) e pode ser intermitente (sintomas por menos de 4 dias na semana) ou perene (sintomas em mais de 4 dias da semana por mais de 1 mês). A rinite se manifesta por coriza, congestão com obstrução ou semiobstrução nasal, prurido (coceira), espirros, ardor ou irritação nasal.

A rinite alérgica atinge de 15% a 30% da população. É geralmente causada por alérgenos inalatórios, como ácaros da poeira doméstica, mofo, pólen e pelos de animais domésticos. E agentes irritantes, como fumaça de cigarro, poluição ambiental e odores fortes (perfumes, produtos de limpeza etc).

Ela aumenta a frequência de infecções respiratórias bacterianas (otite, sinusite, faringites) e viroses respiratórias (como gripes e resfriados). Isso ocorre porque a inflamação nasal causada pela rinite diminui a eficácia das defesas nasais. Maura Neves elenca os principais sinais e sintomas:

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• Coriza e secreção nasal intensa;
• Obstrução e congestão nasal;
• Espirros frequentes;
• Piora noturna da dificuldade para respirar;
• Dor de cabeça;
• Perda do olfato;
• Voz anasalada;
• Irritação nos olhos.

O tratamento pode ser medicamentoso mas segundo a médica é importante seguir algumas orientações:
· Controle ambiental e dos ácaros;
· Manter o ambiente ventilado e realizar limpeza frequente com pano úmido;
· Encapar colchões e usar revestimento impermeáveis (corino, corvim, napa etc.) em estofados e almofadas, evitar tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de jornais e revistas, madeiras e outros itens que retém poeira e mofo;
· Trocar e lavar a roupa de cama com água quente pelo menos a cada duas semanas;
· O travesseiro deve ser colocado no sol várias vezes por semana e trocado por um novo com frequência. Deve ser realizada a aspiração do pó de colchão, cortinas, tapetes e estofados semanalmente;

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· Manter animais fora de casa ou, pelo menos, fora do quarto de dormir. Lavar as mãos após contatos com animais. Cães devem tomar banho com frequência;
· As janelas devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a ácaros e mofo e devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos casos relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.

Entre as medidas de suporte para os sintomas, estão:

– Aplicar solução fisiológica no nariz em forma de aerossol ou spray, ou com o auxílio de uma seringa, ajuda a aliviar os sintomas e a congestão nasal através da hidratação e fluidificação das vias aéreas;

– Para amenizar os desconfortos respiratórios, uma opção são os umidificadores de ar, especialmente em dias com umidade relativa do ar mais baixa. Mas, é preciso ficar atento para não deixá-lo ligado por períodos longos, uma vez que o excesso de umidade pode colaborar com a proliferação de fungos e bactérias. “O ideal é manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa e uma porta ou janela aberta para escape e por períodos curtos”, completa Maura.

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-Outra medida mais econômica e efetiva é colocar uma toalha de rosto úmida no quarto de dormir, perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a superfície e evaporação são pequenas;

– Não esquecer da recomendação universal que é a hidratação, ou seja, ingerir bastante água.

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Fonte: Clínica Medprimus

 

Tosse serve de alerta para uma eventual infecção ou alergia

A tosse é um reflexo natural do sistema respiratório e decorre de qualquer processo irritativo. Maura Neves, otorrinolaringologista da Clínica MedPrimus, explica que a função da tosse é remover agentes irritantes, limpar a via respiratória e defender o organismo de agentes nocivos inalados.

“A tosse pode ser seca ou produtiva. A diferença entre elas é a presença de muco. Na tosse produtiva há presença de secreção, que pode ser de pequena a grande quantidade, de clara a mais escura e até com laivos de sangue. A cor da secreção é um dos indicativos da causa”, explica.

.Secreção: clara ou transparente está associada a alergias ou gripes e resfriados. Já a secreção amarelada ou esverdeada sugere infecção. A presença de secreção sanguinolenta está associada à pneumonia, bronquite ou situações mais graves como tuberculose e câncer.

.Tosse seca: não tem secreção e muitas vezes está associada à “coceira” na garganta. Nesses casos, a tosse causa irritação na garganta. E quanto mais irritação mais tosse, e quanto mais tosse mais irritação.

.Tosse aguda: a médica explica que a tosse também é dividida por sua duração. Uma tosse aguda, habitualmente, é de curta duração. Muitas vezes apresenta outros sintomas como obstrução nasal, dor de garganta, rouquidão etc. Já os sintomas crônicos duram mais de oito semanas e tem causas diversas.

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Foto: Wallsdesk

Se a tosse persistir, um médico deve ser consultado. O diagnóstico da causa é fundamental para guiar o tratamento correto e pode ser feito por meio de exame, história clínica, exames laboratoriais e de imagem.

Para amenizar os sintomas e se prevenir da tosse nos dias mais frios, Maura Neves listou algumas medidas práticas e eficientes:

-Hidratação: beber água ajuda na fluidificação de secreções e hidratação de toda a via área.

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-Lavagem nasal com soro fisiológico: rinites e sinusites são causas muito frequentes de tosse. Manter uma boa respiração nasal sem acúmulo de secreções ajuda a controlar a tosse;
-Evite comer muito antes de deitar;
-Evite café, chá preto ou mate, chocolate e alimentos condimentados: eles podem piorar sintomas de refluxo;
-Umidificador ou vaporizador nos dias mais secos ajudam a aumentar a umidade do ar;
-Mantenha o ambiente ventilado.

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Foto: Emily Beeson/Morguefile

Fonte: Maura Neves é graduada em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP
Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF
Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Faz parte da Clínica Medprimus.

 

Dieta Low Carb e de Baixo Índice Glicêmico

A dieta Low Carb propõe reduzir a quantidade de carboidratos ingeridos, mas saiba a nutricionista Gisele Carvalho da Clínica MedPrimus, em São Paulo, destaca que não adianta “trocar” ou inserir pães sem glúten no cardápio. A orientação, em uma alimentação convencional, é que 50 – 55% do que é ingerido ao longo do dia seja carboidrato, durante a dieta a proposta é de 45 – 5%.

É importante ressaltar que algo abaixo de 40% por um longo período poderá trazer serias consequências para a saúde. “Incluir proteína e gordura em excesso prejudica todo o funcionamento do organismo”, diz Gisele.

Este método contribui para o emagrecimento saudável ao sugerir que a alimentação priorize os carboidratos de baixo índice glicêmico. Isto porque, quando um carboidrato é ingerido ele tem a glicose que será utilizada pela célula para obter energia.

Caso haja excesso de glicose, ela é estocada em forma de gordura. Para que o organismo consiga queimar a gordura estocada é preciso liberar um hormônio chamado glucagon que irá retirar essa energia estocada. “Quando a dieta é rica em alimentos com alto índice glicêmico, ocorrem muitos picos de insulina e às vezes eles estão tão altos que o glucagon nunca é liberado”, afirma a nutricionista.

pães

Sem o glucagon a gordura que está estocada não é queimada e não há perda de peso. Assim, quando a dieta prioriza a ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico há uma alteração menor da insulina e, consequentemente, ocorre a produção de glucagon. Quando há a presença de fibras e proteínas, a liberação do hormônio também é mais eficaz.

Quando a redução de carboidratos, fica em algo até 40% do que é ingerido no dia, ela também ajuda a emagrecer. “Não só o carboidrato, mas a proteína e principalmente a gordura devem ser controlados. Com uma redução de 10% e com a melhora na qualidade do que será́ consumido, a pessoa conseguirá não só́ um bom resultado, mas também uma reeducação de hábitos”, completa.

Caso a ingestão calórica seja de 1200 calorias por dia. A conta é simples:

40% de calorias são dedicados a sua ingestão de carboidratos. 1200 x 0,4 = 480 calorias (40%). Sabendo que existem 4 calorias por grama de carboidratos, o montante total é de 120 gramas de carboidratos (480 ÷ 4 = 120).

A nutricionista lembra que isso este é só um exemplo. O ideal é seguir orientação personalizada. “Por isso, se quer realmente reduzir cintura, perder ou manter o peso e acima de tudo preservar saúde, deve de uma vez por todas aprender a escolher melhor os alimentos e suas possíveis combinações e receitas” , finaliza.

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Fonte: Gisele Carvalho é nutricionista, pós-graduada em nutrição clínica pelo Centro Universitário São Camilo, especialização em Obesidade Universidade Gama Filho e especialização em Gastronomia Funcional – Natural Gourmet Institute – NYC.