Arquivo da categoria: doação de órgãos

Dia Nacional de Doação de Órgãos: quase metade das famílias não autoriza doação

Um dos principais centros de transplantes pediátricos do Paraná, Pequeno Príncipe reforça a importância desse gesto para salvar vidas

O Brasil tem o maior sistema público do mundo para transplantes de órgãos, tecidos e células e é o segundo país em número de transplantes, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Ainda assim, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o país tem quase 60 mil pessoas na fila de espera por um órgão. E, conforme a ABTO, no primeiro semestre de 2022, a taxa nacional de negativa da família em doar se manteve em níveis elevados, com 44%, sendo um dos principais motivos de impedimento à doação.

Por isso, neste Dia Nacional de Doação de Órgãos, lembrado em 27 de setembro, o Hospital Pequeno Príncipe, um dos principais centros de transplantes pediátricos do Paraná, reforça a importância desse gesto para salvar e transformar vidas. No caso de crianças, conseguir doadores cardíacos compatíveis, por exemplo, é ainda mais difícil pelas especificidades do procedimento. “A compatibilidade para esse público, em geral, o ideal é que o doador não seja cinco anos mais velho que o receptor, o peso geralmente é o dobro do doador e a estatura também”, explica o cardiologista pediátrico Bruno Hideo Saiki Silva, do Pequeno Príncipe.

Foto: Marieli Prestes/Hospital Pequeno Príncipe

Uma das vidas transformadas pelo sim de uma família foi a da pequena Vitoria. Diagnosticada com uma doença rara – acidúria argininosuccínica – que faz a amônia acumular-se no sangue, tornando-o tóxico e provocando hemorragias em diversas partes do corpo, ela precisava de um transplante hepático para se salvar. “Ela estava com 7 meses quando a equipe do transplante de fígado decidiu colocar ela na lista. Como é uma doença genética, nós não podíamos ser os doadores, e então ela foi colocada em segundo lugar na lista de espera do Paraná e em quarto lugar na lista brasileira. Em cerca de dois meses surgiu o órgão para transplantá-la”, conta a mãe, Inocência Dalbosco.

Hoje Vitória está com um ano e já pode retornar para sua cidade natal, Chapecó (SC). “Minha filha era uma aposta. Hoje ela está totalmente curada, sem nenhuma sequela, comendo de tudo, se desenvolvendo e ganhando peso”, comemora a mãe.

Para quem deseja ser um doador, vale avisar seus familiares de primeiro e segundo grau (pais, filhos, irmãos, avós e cônjuges) sobre essa disposição. Essa conversa pode fazer com que tenham força e motivação para assinar os documentos necessários, mesmo em um momento difícil. O adulto também pode deixar registrado a sua vontade de ser doador com uma identificação em sua carteira de identidade. “Por mais que a doação comece em um momento de sofrimento, ela também é um término de sofrimento para quem aguarda por um doador. Isso pode ser uma pontinha de alívio para as famílias que passam por uma perda tão dolorida”, diz o cirurgião do Serviço de Transplante Hepático do maior hospital exclusivamente pediátrico do país, José Sampaio.

Já no caso de crianças e adolescentes, a doação depende da decisão de seus responsáveis. Um único doador pode salvar a vida de várias pessoas, pois é possível doar mais de um órgão e tecidos. “Grande parte das recusas familiares acontecem pela dúvida em saber se algo ainda pode ser feito ou não. Por isso é importante explicar que o processo de doação de órgãos no Brasil é um dos mais seguros do mundo.

Para atestar a morte encefálica, o teste clínico é feito duas vezes com várias provas de testagem neurológica de maneira bastante criteriosa, sempre nos ambientes de UTI. Os profissionais fazem ainda exames complementares de comprovação de ausência de atividade cerebral ou de fluxo cerebral sanguíneo. Isso traz uma tranquilidade adicional em aceitar o processo de doação, pois ele começa no entendimento da família de que a morte encefálica aconteceu”, finaliza Sampaio.

Referência

Há 33 anos, o Pequeno Príncipe realiza transplante de órgãos (coração, fígado e rim) e tecidos pediátricos. Maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, a instituição superou a previsão do número de transplantes que realizaria no segundo ano de pandemia de coronavírus. Em 2021, foram realizados 282 procedimentos, oito a mais do que em 2019. Ao todo, foram 43 de órgãos sólidos (coração, rim e fígado), 74 de medula óssea, 43 de válvula cardíaca e mais 122 transplantes de tecido ósseo. Neste ano, até agosto, o Pequeno Príncipe já realizou 183 procedimentos, consolidando a organização como um dos centros de referência para esse tipo de procedimento no país.

A instituição conta com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), responsável por organizar rotinas e protocolos institucionais para viabilizar o processo de doação. Composta por uma equipe multiprofissional, a comissão atua para garantir agilidade e eficiência na doação de órgãos e tecidos, além de seguir os parâmetros éticos e morais que o processo requer.

“A doação de órgãos é um ato de amor ao próximo! Representa a vontade de doar parte de si, de forma incondicional. Todos os programas de transplantes do Pequeno Príncipe cumprem os valores éticos e morais estabelecidos pela instituição e corpo clínico. A cultura de doação de órgãos e tecidos deve estar presente na consciência da sociedade e, para tal, é fundamental a confiança nos serviços médicos transplantadores”, reitera o diretor-técnico do Pequeno Príncipe, o médico Donizetti Dimer Giamberardino Filho.

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe

Dia Nacional de Doação de Órgãos: rim doado faz falta? Veja quem pode doar

Transplante renal é capaz de mudar a vida do receptor do órgão para muito melhor. E, acredite, se o doador for vivo, ele terá uma vida normal! Nefrologista explica tudo sobre o procedimento

Opção de tratamento para pacientes que sofrem com a doença renal crônica em estágio avançado, o transplante renal é uma cirurgia em que o paciente receptor recebe o órgão de um doador vivo ou falecido.

“A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins. Esses pacientes necessitam de diálise, mas aqueles que recebem um rim doado têm, geralmente, uma maior sobrevida ao longo dos anos. Por esse motivo, a doação de órgãos é uma atitude nobre e deve ser encorajada. E a boa notícia é que as funções renais do doador vivo podem ser realizadas de forma normal por um único rim”, explica a médica nefrologista Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

A médica explica que, no transplante renal, o rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é retirado por meio de cirurgia e implantado no paciente, de forma que o órgão passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas.

“É claro que toda pessoa que se submete a uma cirurgia e anestesia geral corre riscos, mas estes são minimizados com os exames pré-operatórios e os avanços nas técnicas anestésicas e cirúrgicas, que tornaram o procedimento muito seguro. Por outro lado, existem cuidados que o paciente receptor deve tomar. Após o transplante de rim, os remédios imunossupressores são prescritos para diminuir a chance de rejeição do órgão que ele recebeu. Os pacientes transplantados devem usar medicações durante todo o tempo que forem transplantados. O abandono da medicação pode ter sérias consequências como a perda do rim transplantado e outras complicações”, explica a médica nefrologista.

Quem pode ser um doador vivo?

Parentes e não parentes podem ser doadores, mas é necessária uma autorização judicial. “Vários exames são feitos pelo doador para se certificar que apresenta rins com bom funcionamento, não possui nenhuma doença que possa ser transmitida ao receptor e que o seu risco de realizar a cirurgia para retirar e doar o rim seja reduzido. O sangue do doador será cruzado com o dos receptores, para evitar riscos de rejeição”, explica a médica nefrologista. “As condições necessárias para ser um doador vivo é manifestar desejo espontâneo e voluntário de ser doador. É necessário enfatizar que a comercialização de órgão é proibida”, destaca Caroline.

Como é a doação de um falecido?

No caso de doadores falecidos, os rins são retirados após se estabelecer o diagnóstico de morte encefálica e após a permissão dos familiares. “O Conselho Federal de Medicina tem padrões rigorosos sobre a definição de morte encefálica”, explica a médica. Para receber um rim de doador falecido é necessário estar inscrito na lista única de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado onde será feito o transplante.

Quais são as orientações para o doador?

A vida de quem doa é mais comum do que se pode imaginar. “Não há comprometimento da vida e da saúde, desde que, o outro rim continue saudável. Mas orientamos o acompanhamento frequente junto ao médico nefrologista”, explica.

O doador pode beber?

O doador do rim pode consumir álcool, mas não é recomendado, uma vez que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é maléfico para os rins e pode ser perigoso para o doador e o receptor do órgão.

A doadora pode engravidar?

Não há restrição ou impedimento para as mulheres que doam o rim nesse sentido. “Elas podem engravidar normalmente (não haverá nenhum impedimento). Porém, é importante estar atenta à pressão arterial, buscar evitar a pré-eclâmpsia, diminuir e controlar ao máximo fatores de risco como a diabetes, obesidade etc.”, explica a médica nefrologista e intensivista.

Precisa tomar remédio após a doação?

Diferentemente do receptor, o doador não precisa tomar medicações contínuas. “Recomendamos apenas remédios para o alívio de dor e desconforto após a cirurgia”, diz a médica.

O rim transplantado dura para sempre?

Segundo Caroline, alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por vários anos (mais de dez anos), mas em alguns casos o tempo de duração de funcionamento do órgão não é tão longa. “Características relacionadas ao paciente que recebeu o órgão, como número de transfusões sanguíneas, transplantes anteriores; intercorrências ocorridas no momento do transplante renal e ao próprio órgão que foi doado terão impacto na duração do funcionamento do órgão. O rim transplantado também pode ser acometido com algumas doenças que poderão alterar sua função, como as infecções urinárias, obstruções na via de saída de urina e rejeições agudas ou crônicas (nesta situação, o organismo do paciente passa a reconhecer o rim recebido como estranho). Cada uma dessas situações tem um tratamento específico, e quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de manter o funcionamento do rim. Bons hábitos de vida são indicados para preservar esse órgão”, finaliza a médica.

Fonte: Caroline Reigada é médica nefrologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Participou do curso “The Brigham Renal Board Review Course” em Harvard. Integra o corpo clínico de hospitais como São Luiz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Instagram: @dracaroline.reigada.nefro

No Brasil, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos

Em países como a Espanha, referência em transplantes, existem duas vezes mais doadores. Pandemia fez o Brasil reduzir ainda mais o índice de doadores e ocupar o lugar de nação com uma das piores performances no assunto. Desmistificar o tema é fundamental para mudança de cenário

A doação de órgãos e tecidos no Brasil ainda é cercada de tabus, resultantes da desinformação. Hoje no país, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos. O dado é da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote). Em nações como a Espanha, por exemplo, referência mundial em transplantes, cerca de 40 pessoas a cada milhão são doadoras de órgãos. 

Mais de 50 mil pessoas esperam na fila para serem transplantadas no país. E desde que a pandemia causada pela Covid-19 chegou ao Brasil com mais expressão, em março de 2020, a situação ficou ainda mais grave. Um estudo publicado em setembro de 2021 na revista científica The Lancet Public Health, mostra que o total de transplantados no mundo caiu 16% no ano que passou em consequência da pandemia. O Brasil teve redução de 29%; um dos países com pior performance entre as nações consideradas. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas esperam pelo transplante de córnea e, principalmente, rins. 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o principal motivo do declínio no período mencionado tem relação com o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em virtude do risco de transmissão do coronavírus ou pela dificuldade encontrada para realizar a testagem em alguns momentos durante a pandemia. As doações também sofreram queda devido à lotação e ao  excesso de trabalho nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs). O fato de as pessoas que morrem em decorrência da Covid-19 não poderem ser doadoras quando estão infectadas também piorou o cenário. 

No entanto, a desinformação e os tabus que ainda envolvem a doação de órgãos também são fatores que impedem que, a cada ano, vidas possam ser salvas ou melhoradas. A doação de órgãos é de fundamental importância para a manutenção da vida de pessoas que precisam de um transplante, nos casos em que não há mais outras formas de tratamentos. Em vida, é possível, com as compatibilidades necessárias, doar rim, parcialmente o pâncreas, parte do fígado e do pulmão, em situações excepcionais. Já de doadores não vivos podem ser obtidos rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino. 

Marcelo Mion, gerente de laboratório da Biometrix Diagnóstica, lembra que, para mudar esse cenário, é fundamental continuar reforçando as campanhas de conscientização sobre a importância da doação para o salvamento de vidas. A empresa fornece soluções voltadas ao diagnóstico molecular e comercializa reagentes e equipamentos essenciais para que os laboratórios de imunogenética do Brasil possam avaliar os pacientes e doadores que serão submetidos ao transplante de medula óssea e órgãos sólidos.

“Temos trabalhado todos os dias para oferecer as melhores soluções em tecnologia para que todo o processo de doação seja feito com agilidade e segurança. Para garantir que tudo dê certo para os doadores e, principalmente, para os receptores, a Biometrix oferece regentes e equipamentos para a realização dos testes para verificar a compatibilidade entre o organismo que vai doar e o que vai receber o órgão. É uma forma de cuidar, ainda mais, da vida de todos os pacientes”, explica.

A Biometrix é uma empresa brasileira que tem mais de 25 anos de atuação no mercado e, nos últimos dois anos, foi responsável por fornecer e comercializar reagentes para a maioria dos transplantes que foram realizados no Brasil. “Cada transplante pode gerar inúmeros testes dependendo da necessidade” explica Marcelo. 

Como ser doador de órgãos?  

Para ser doador de órgãos no Brasil, é preciso comunicar a família, pois somente parentes podem autorizar a doação. A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. Um único doador pode salvar mais de dez pessoas doando órgãos e tecidos, como córneas, coração, fígado, pulmão, rins, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem. Além de avisar a família, o interessado na doação de órgãos pode fazer o cadastro no site.

De acordo com a ADOTE, o doador em vida deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só ocorre mediante autorização judicial.

E de medula óssea? 

Em se tratando da doação de medula óssea, o interessado precisa ter entre 18 e 35 anos e pode ir a um Hemocentro (existem 137 em vários estados do Brasil, segundo o Ministério da Saúde), coletar  uma amostra de sangue (apenas 10 ml), preencher os dados cadastrais e se colocar à disposição para ser chamado no caso de surgir um receptor compatível. Carmen Vergueiro, médica hematologista e fundadora da AMEO – Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo, defende que “é preciso falar cada vez mais sobre o tema e desmistificá-lo para que mais pessoas se disponham a salvar vidas”. 

O Instituto TMO é outra entidade que trabalha para estimular doação de medula óssea por meio de campanhas realizadas nas redes sociais. Cristiane Canet Mocellin, presidente do Instituto TMO, lembra que a amostra de sangue que o doador tira quando se apresenta a um hemocentro possibilita a análise no laboratório, chamada “tipagem HLA” – feita a partir de soluções fornecidas por empresas como a Biometrix -, que determina as características genéticas do possível doador. 

Outro importante trabalho que a instituição  desenvolve é a manutenção da Casa Malice, uma casa de apoio, cuja estrutura foi pensada para dar acolhimento institucional provisório a pessoas em situação de vulnerabilidade social e seus acompanhantes que estejam em trânsito, e sem condições de autossustento, durante o tratamento de doenças graves. “Na casa, recebemos pessoas de todo o Brasil, com idade a partir de 16 anos, que venham devidamente encaminhadas pelas redes socioassistenciais. Em média, a Casa Malice acolhe cerca de 30 pessoas por mês. Desde a sua fundação em 2016, já foram acolhidas mais de 517 pessoas, gerando um total de quase 11.720 diárias” conta Cristiane. 

O Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística é referência no tema da fibrose cística, uma doença genética crônica que afeta, principalmente, os pulmões, pâncreas e sistema digestivo. Desde 1985, o transplante pulmonar, principalmente, tem sido uma opção para os pacientes. De acordo com Cristiano Silveira, diretor de Políticas Públicas e advocacy do Instituto, mais da metade das doações de órgãos para pessoas acometidas pela doença deixam de acontecer por falta de autorização da família. “Precisamos melhorar a cultura da doação de órgãos no Brasil para aumentar o número de transplantes no país”, defende.  

Cristiano também destaca que, na fibrose cística, o transplante de órgãos pode ser feito entre pessoas vivas – também chamado de “modalidade intervivos”. “Além dos rins e partes do fígado, parte dos pulmões dos pais, por exemplo, também podem ser transplantados para um filho”, explica. 

Ele ainda acrescenta que, quando feito com antecedência, sem esperar que o quadro da doença evolua e se agrave, as chances de sucesso e conquista de uma qualidade de vida melhor dos pacientes da fibrose cística aumentam exponencialmente. “É um grande equívoco acreditar que fazer ou se submeter a um transplante é trocar uma doença pela outra”, esclarece. 

Entendendo o HLA

O sistema imunológico tem a função de identificar e reagir a organismos estranhos. Este processo é baseado na identificação dos antígenos, a “marca biológica” de cada célula. Quando o organismo reconhece um antígeno estranho, desencadeia uma resposta com o objetivo de destruí-lo. Este corpo estranho detectado pode ser tanto uma bactéria ou vírus, como um tecido, órgão ou medula transplantados. Assim, o HLA é o responsável pela histocompatibilidade.

É importante saber que o HLA é herdado, uma parte da mãe e a outra do pai. A identidade HLA é composta por vários genes agrupados na mesma região no cromossomo 6. Cada gene possui uma diversidade muito grande de alelos. Sabe-se que mais de 11 mil alelos já foram identificados em todo o mundo. Por isso, é muito raro que dois indivíduos tenham o mesmo grupo de genes. A grande complexidade dos transplantes é encontrar esta compatibilidade entre doador e receptor.

Sobre a Biometrix

Líder no mercado de atuação, a Biometrix Diagnóstica está há mais de 25 anos desenvolveno soluções voltadas ao diagnóstico molecular. O objetivo da Biometrix é tornar o diagnóstico médico cada vez mais rápido e preciso, sempre em busca de resultados que contribuam com a saúde e o bem-estar. Por isso está comprometida com a qualidade de vida, oferecendo a mais alta tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais, principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos.

Informações: Biometrix

Setembro Verde: comunicar à família o desejo de doação de órgãos é fundamental

Apesar do Brasil ser o segundo país com maior número de transplantes, cerca de 40% dos familiares não autorizam a doação – por isso, autodeclaração da intenção de doar é essencial;

Hoje é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data, instituída pela Lei nº 11.584/2.007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mesmo o Brasil sendo o segundo país do mundo em número de transplantes, cerca de 40% do total de potenciais doações não têm autorização da família, e outros 10% são perdidos por falhas no manejo clínico do paciente em morte cerebral. Agravando ainda mais o cenário, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a pandemia de Covid-19 reduziu em 20% o número de transplantes em 2020, o que afetou diretamente pacientes que estão na fila aguardando um doador – de acordo com a ABTO, em dezembro de 2020, eram 43.643 pessoas em espera.

Tendo em vista esse cenário, a Campanha Setembro Verde é realizada ao longo deste mês com o objetivo de sensibilizar a população para que mais pessoas se declarem doadores de órgãos e tecidos. A ideia é conscientizá-las sobre a importância de comunicar à família o desejo de doação, já que de acordo com o pneumologista José Eduardo Afonso Jr., “a falta de conhecimento sobre o desejo do parente em doar pode motivar os familiares a recusarem a ideia”.

O médico destaca também os desafios enfrentados durante o período de pandemia. “Até 2019, a quantidade de doações vinha em curva ascendente, não só em números absolutos, mas também em relação a doador por população. Naquele ano, tínhamos 18 doadores por milhão de habitantes, e estimava-se que chegaríamos a 20. Porém, tivemos uma queda de 12,7%, voltando ao patamar equivalente a 2017, e não tendo doadores, o número de transplantes é impactado diretamente”.

Houve uma variabilidade entre as regiões do Brasil: Sudeste e Centro-Oeste tiveram 5% de redução; Sul teve 13%; Nordeste, 28%; e Norte do país, 43%. Apesar da situação crítica, ao longo de 2020 o cenário foi sendo controlado, e “mesmo em épocas de maior disseminação da Covid-19, as entidades brasileiras de transplantes conseguiram se organizar para que a doação e as cirurgias ocorressem da forma mais segura possível. Contamos com instituições e profissionais extremamente engajados para que todo o processo fosse o mais eficiente possível”, afirma o médico.

Existem, atualmente, diversos projetos de incentivo e apoio às doações, inclusive no sistema público de saúde – um exemplo é o Programa de Transplantes do Hospital Israelita Albert Einstein, que faz parte dos mais de 100 projetos realizados pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e é coordenado pelo Afonso Jr.. A iniciativa é responsável por capacitar médicos da rede pública de saúde para a realização de transplantes de órgãos e tecidos, bem como as equipes multiprofissionais na aplicação das melhores práticas de assistência, além de realizar o procedimento gratuitamente a pacientes atendidos pelo SUS em todo o país.

“A iniciativa visa o atendimento a pacientes mais complexos para a realização de transplantes de intestino, multivisceral e hipersensibilizados, à espera de transplante renal, assim como pacientes na fase pré ou pós-transplante que apresentam outras patologias, como o hepatopata, o cardiopata e o pneumopata”, segundo o pneumologista.

Só este ano, o projeto já garantiu o procedimento a 96 pacientes – em 2020, foram 150 pessoas atendidas. De janeiro a junho de 2021, foram 52 transplantes de fígado; 1 multivisceral; 19 de rim; 13 de coração; e 11 de pulmão. Em 2020, 84 de fígado; 41 de rim; 14 de coração; e 11 de pulmão.

Doações que salvam vidas

Ilustração: rightasrain.uwmedicine.org

A vida do mineiro Luiz Augusto Nogueira Borges, de 30 anos, mudou drasticamente ao ser diagnosticado com fibrose pulmonar, doença que faz com que os pulmões percam a capacidade de absorver e transferir oxigênio para a corrente sanguínea. O diagnóstico ocorreu em 2016, após o paciente perceber que se cansava rapidamente durante atividades que já faziam parte do seu dia a dia. “Meu mundo desabou com a notícia, porque tudo o que eu mais gostava de fazer, como jogar bola, nadar, correr ou andar de bicicleta, me parecia impossível a partir daquele momento”, relata o policial penal.

Borges conta que seu quadro clínico piorou consideravelmente em setembro de 2019, após ficar três meses sem o medicamento que estabilizava sua condição pulmonar, tornando necessário um transplante de pulmão. Ele, que já vinha sendo atendido em São Paulo, foi encaminhado ao Einstein, para o Programa de Transplantes do hospital por meio do Proadi-SUS, em parceria com o Ministério da Saúde.

O paciente entrou para a fila de transplantes em março de 2020, e passou pela cirurgia um ano depois. “Minha vida deslanchou depois daquele momento. É até difícil de acreditar, porque há seis meses eu estava preso a uma cama, respirando por oxigênio, sem perspectiva de nada. E hoje, até andar na rua parece algo extraordinário. Falo para todo mundo que o que eu vivi nesses seis meses pós-cirurgia não vivi nem antes do diagnóstico. Ainda não retomei minha rotina como antigamente, mas já corro um pouco e busco fazer de tudo, com os cuidados necessários por conta da pandemia”, afirma.

O rapaz, que viveu na pele a ansiedade da espera por um doador, deixa seu apelo à população: “o pulmão que recebi apareceu no momento certo, pois meu quadro já estava muito grave e sem possibilidade de reversão. Só eu, minha família e as pessoas que acompanharam a situação de perto entendem o valor desse momento para mim, e como isso salvou, literalmente, a minha vida. Por isso, eu digo: sejam doadores de órgãos! A vida de milhares de pessoas depende disso”.

Sobre o Proadi-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, Proadi-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do Proadi-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do Proadi-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.

Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, clique aqui.

Dia dos Namorados: Fabenne e L’Entrecôte de Paris presenteiam casais

O Dia dos Namorados está chegando e, especialmente este ano, casais e comércio estão se reinventando para que a data não passe em branco. Experiências como a de um jantar romântico em casa vêm se tornando cada vez mais comuns depois da chegada do novo coronavírus no Brasil e as recomendações de isolamento social que recentemente mudaram comportamentos.

É nesse cenário que a Fabenne , startup de vinhos bag-in-box e o L’Entrecôte de Paris , um dos mais famosos restaurantes de comida francesa no Brasil, se juntaram para presentear casais no Dia dos Namorados.

No dia 12 de junho, a cada prato pedido no restaurante via iFood, o cliente ganhará uma taça de vinho Fabenne. As opções incluem os três varietais da marca, que podem ser escolhidos no momento da compra: Cabernet Sauvignon (tinto), Moscato Giallo (branco) e Rosé (com uvas Malvasia e Cabernet Sauvignon).

vinhos entrecorte12
Foto: Maíra Duarte

Entre as unidades participantes estão restaurantes em São Paulo do Itaim Bibi, Jardins, Tatuapé, West Plaza, Campinas, Ribeirão Preto e São Caetano. Além disso, a ação também acontece no Rio de Janeiro, em localidades como Gávea e Barra da Tijuca, e nas cidades de Goiânia, Brasília e Curitiba.

Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos

Brasil ocupa o 2º lugar mundial em cirurgias de transplantes de órgãos e de tecidos e os rins foram os órgãos mais doados até agosto deste ano

Continuar vivendo por meio de outra pessoa pode parecer romantizado e é uma frase um tanto quanto clichê, mas é fato que a doação de órgãos pode salvar vidas. Hoje, 27 de setembro, é Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, e milhares de pessoas esperam ansiosamente, em uma fila unificada e informatizada, pelo procedimento de transplante de um órgão. Até o mês de agosto de 2019, de acordo com os dados da Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET/PR), foram realizados 581 procedimentos, o que representa 87,83% de cirurgias realizadas por milhão de população (pmp).

O Paraná tem cumprido com louvor os transplantes de órgãos, que consiste em uma cirurgia de reposição de um órgão (coração, fígado, pulmões, pâncreas, rins) e tecido (medula óssea, ossos, córneas) doente por um órgão ou tecido saudável, podendo ser doado por um alguém falecido ou vivo. “O Paraná conseguiu através da Central de Transplantes montar um programa de potenciais doadores e houve um aumento significativo de uma maneira geral”, explana o nefrologista da Fundação Pró-Renal, Alexandre Biginelli.

Ainda segundo os dados da CET/PR, os rins foram os órgãos mais doados até agosto do ano corrente. Ao todo, foram 383, sendo 312 vindos de algum doador falecido e 71 de algum doador vivo. Estes números representam 57,90% pmp. Geralmente, a doação do rim é feita às pessoas que sofrem de hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras patologias renais. Quem recebe o transplante de rim não precisa estar em diálise. “A duração de um órgão vai depender do estilo de vida do paciente e também se há compatibilidade. Um rim pode durar até 12 anos ou mais, como há casos no mundo no qual há transplantes que já duram mais de 40 anos”, explica Biginelli.

cirurgia mesa adobe stock
Adobe Stock

Brasil, referência mundial

Quando o assunto é doação de órgãos, o Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo. Segundo o Ministério da Saúde (MS), hoje, 96% das cirurgias são realizadas pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece gratuitamente aos pacientes toda assistência pré e pós cirúrgica, como exames preparatórios, acompanhamentos e medicamentos.

O Brasil ocupa o 2º lugar mundial em transplante de órgãos, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2018, houve um aumento de 1653 para 1765 órgãos doados, o que representa um crescimento de 7% segundo o Ministério da Saúde. A expectativa, à época, era de que fossem realizados 26,4 transplantes de órgãos e tecidos.

Lista de espera 

transplantes-e-doacoes-de-orgaos.jpg

Ainda assim, o número de pacientes adultos ativos em lista de espera por um órgão no Brasil é grande. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no geral, existem 33.984 pacientes aguardando na fila para o transplante de rim, fígado, córnea, pâncreas. Destes, 22.616 aguardam por um transplante de rim. No Paraná 1.187 pessoas aguardam um transplante, e, destas, 947 aguardam pela doação de um rim.

Quero ser um doador

banner_doacao_orgaos_2019_verdades
Governo do Ceará

Qualquer pessoa pode ser um doador de órgãos e ajudar a salvar vidas. De acordo com a lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, a retirada de órgãos de uma pessoa falecida só pode ser feita com autorização da família. Por isso, se sua vontade é ser um doador, deixe sua família avisada.

A lei nº 9.434 estabelece que a doação de órgãos só pode ser feita por morte encefálica (morte cerebral), que há perda total e irreversível das funções. Em casos de mortes por parada cardiorrespiratória pode ser realizada a doação de tecidos, como córnea, pele e musculoesquelético.

Também há doações em vida. Nestes casos, a doação é daqueles órgãos duplos, que não vão prejudicar o doador. Podem ser doados rins, pulmões e partes do fígado, do pâncreas e da medula óssea.

Sobre a Pró-Renal

Criada em 1984 por iniciativa do médico Miguel Carlos Riella, a Fundação Pró-Renal é uma entidade beneficente que assiste pacientes renais crônicos e pacientes em tratamento conservador. Atualmente, atende cerca de 15 mil pacientes por ano e desenvolve campanhas educativas nas empresas, escolas e comunidade para a prevenção das doenças renais. Também presta atendimento integral humanizado aos pacientes ambulatoriais, em diálise e em pré-transplante, fornecendo o apoio necessário para o aumento da sobrevida e melhora na qualidade de vida.

Evento pela conscientização da doação de órgãos em São Paulo acontece dia 11

Para que a legislação “quebre” o entrave, a ocasião terá debates e a presença de políticos, médicos e membros importantes do contexto

O cantor, radialista e ativista Bruno Saike iniciou uma jornada solitária em busca de um sonho: conscientizar a sociedade da importância em se falar de temas sociais que muitas vezes transitam à margem de onde realmente deveriam estar.

Por isso, em 2014 colocou a sua ideia em prática e idealizou a ação humanitária de cunho 100% social chamada #juntosoutravez. De uma maneira meteórica, reuniu 130 famosos em um só vídeo, entre eles Cauã Reymond, Laura Cardoso, Ivete Sangalo, Nicete Bruno, Antônio Fagundes, Emerson Fittipaldi, a cantora internacional Laura Pausini e o jogador Lionel Messi, com o apoio institucional da ABTO – Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.

bruno
Bruno Saike

O material ganhou o mundo, sendo destaque em 52 instituições internacionais ligadas à saúde, como a ESOT – Europe Society of Transplant e a TRIO – Transplant Recipients International Organization, dos EUA.

Ele e todos os engajados estavam em prol de uma causa realmente forte, que é a doação de órgãos, onde a taxa chega apenas a 57%, de acordo com os números levantados pelo Ministério da Saúde em 2017.

“A palavra final é da família, que muitas vezes não faz esse ato de caridade aos que estão nas filas de transplantes ou que necessitem de forma urgente de um órgão por questões de crenças, da fragilidade do momento ou até mesmo da falta de conscientização de que o ente querido gostaria que tudo fosse doado, mas optam pelo não”, ressalta Bruno.

messi e pausini
O jogador argentino Lionel Messi e a cantora italiana Laura Pausini

O grande avanço de um projeto de doação que começou sem pretensões maiores

Dando continuidade, posteriormente, Saike fez o #juntosparasempre, com a música gravada pela Sony Music “Sueño Dorado”, em parceria com o popstar argentino Abel Pintos.

Repetindo a ação anterior, muitos artistas abraçaram a ideia e a canção se tornou uma única voz de todos os participantes. Mais de 43 nomes consagrados compartilharam suas vozes e imagens para esse ideal, como Jorge Aragão, Elba Ramalho, Maestro João Carlos Martins, Agnaldo Rayol, Marcos & Bellutti e a própria Ivete Sangalo, que novamente topou fazer parte de mais um passo dessa jornada.

O vídeo já passou de um milhão de acessos e é utilizado por diversos meios do nosso país e do exterior.

Banda He Saike com o idealizador do projeto2

Banda He Saike com o idealizador do projeto1
Acima, a banda de Bruno, He Saike

O novo degrau: todos juntos para que a ideia chegue à legislação brasileira

Bruno ressalta que o grande entrave é a legislação. Essa negativa familiar que gira em torno dos 44% precisa ser debatida e dialogada, podendo reverter essa situação. Por isso, a temática da doação de órgãos será discutida dia 11 de agosto, no Auditório da Unimed em São Paulo. Saike buscou organizador o evento para realmente chegar a um patamar decisivo de toda essa questão.

Na ocasião estarão presentes diversas pessoas envolvidas com a situação, para opinar, realçar e tirar dúvidas, além de todos lutarem por um só objetivo: conscientizar a população e a legislação sobre a necessidade da doação de órgãos, seja em vida ou do aval dos familiares.

Entre eles estão:

– Dr. Paulo Pêgo – membro da ABTO e diretor do Incor;
– Dr. André Ibahim David – médico especialista em transplante visceral;
– Égide Nschmirimana – refugiado do Burundi (África) que precisa de transplante renal;
– Gabriel Montenegro – jovem transplantado;
– Valéria Samadello – mãe que teve seu filho como doador de órgãos e salvou diversas vidas;
– Deputado Roberto Sales – presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Doação de Órgãos;
– Deputado Ricardo Izar – parlamentar envolvido fortemente à causa e que pretende torná-la parte de seu trabalho;
– Bruno Saike – ativista e idealizador do projeto.

Ativistas 1

Vamos juntos nessa causa? Faça parte das pessoas participantes no dia 11, para que mais uma vez os brasileiros tenham vez e voz quanto às ações sociais do país.
(Todos os engajados nesta ação de doação estão imersos 100% de forma social, sem nenhuma verba, cachês ou investimentos financeiros envolvidos).

Serviço:
Evento Juntos Para Sempre – Debate e Conscientização da Doação de Órgãos
Data e horário: 11/08/2017, das 14h às 18h
Local: Auditório Unimed – Rua José Getúlio, 78/90 – Aclimação, São Paulo

Informações e cadastro para participar: Priscilla Silvestre – prisilvestre@prisilvestre.net

Ativistas 3

Clique aqui para assistir ao vídeo #juntosoutravez 
Clique aqui para assistir ao vídeo #juntosparasempre