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Métodos contraceptivos na menopausa e climatério são necessários?

Cuidados que toda mulher deve ter na hora de escolher o método contraceptivo durante período de transição hormonal

Durante a menopausa a mulher tem uma queda brusca na produção de estrogênio e de progesterona causado pelo processo gradativo do fim da ovulação, e como a gravidez acontece a partir da fecundação do óvulo, a chance de uma gestação natural nesse período é quase nula, porque mesmo que um óvulo chegue a ser fecundado, o útero não é capaz de manter um embrião de forma saudável por conta das baixas hormonais.

Por outro lado, no intervalo entre a idade fértil e a menopausa, existe o climatério, e mesmo que nesse período de transição o ciclo da mulher se mostre irregular, ela continua ovulando, então, apesar de remota, a chance de uma gestação natural é possível. Se uma gravidez é indesejada, é recomendado o uso de métodos contraceptivos regularmente.

Porém, não são todos os métodos que são recomendados para mulheres que enfrentam essa fase de crise hormonal.

“Durante esse período, é natural que ocorra uma baixa significativa na produção de hormônios. Anticoncepcionais diminuem ainda mais a produção de hormônios essenciais, intensificando os desafios do climatério e da menopausa”, pontua a médica ginecologista especialista em menopausa Beatriz Tupinambá.

Todos os tipos de métodos hormonais, incluindo pílulas e DIUs hormonais, devem ser evitados durante este período crítico da saúde feminina. Opte por métodos não hormonais, como a camisinha, e discuta alternativas seguras com um médico especialista no assunto.

Dependência química: pesquisa da Mayo Clinic revela que estimulação cerebral é promissora no tratamento

Há mais de 60 anos, um pioneiro pesquisador mostrou como um pulso de eletricidade no cérebro de um touro de carga poderia ser utilizado para parar o animal em seu trajeto. Hoje, a neuroestimulação é usada para tratar uma variedade de doenças humanas, incluindo doença de Parkinson, tremor, transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome de Tourette. Um neurocirurgião da Mayo Clinic e seus colegas acreditam que uma forma de tratamento chamada estimulação cerebral profunda (ECP), está pronta para resolver um dos maiores desafios da saúde pública: a dependência química.

“A dependência química é uma enorme  e urgente demanda médica”, afirma o Ph.D. Kendall Lee, que publicou quase 100 artigos científicos sobre ECP juntamente com seus colegas. A chave para tratá-la, afirma ele, é cortar o prazeroso “estar chapado” que vem com o vício — o que a ECP eventualmente é capaz de fazer.

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“No momento, temos vários estudos iniciais que mostram a promessa de suprir o rápido aumento da dopamina que faz com que as pessoas se sintam chapadas”, diz o Dr. Lee, neurocirurgião da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota.

Em 2023, um recorde de 112.000 pessoas morreram nos EUA após uma overdose de drogas, incluindo drogas ilícitas e opioides prescritos. Em 2019, à nível mundial, cerca de 600.000 mortes foram atribuídas ao uso de drogas. Apesar de vários tratamentos psicológicos e farmacêuticos estarem disponíveis para a dependência química, cerca de 75% a 98% dos pacientes apresentam reincidência.

“O que é único no vício é que ele cria um padrão no cérebro que se autoperpetua”, explica o psiquiatra da Mayo Clinic, Tyler Oesterle.”Basicamente, esse comportamento se reforça, tornando-o muito mais resistente à intervenção.”

O cérebro está preparado para fazer do prazer uma prioridade. O sistema de recompensa do cérebro conecta duas pequenas regiões: a área tegmental ventral, que libera a dopamina química do bem-estar, e o núcleo accumbens, que controla a memória e o comportamento. O primeiro é o motivo pelo qual você sente um choque de prazer depois de morder um hambúrguer. É por isso que a sua boca saliva sempre que você sente o cheiro de alguém acendendo uma churrasqueira. As drogas podem sobrecarregar este sistema, inundando-o de dopamina e reforçando as ligações que sustentam o vício.

Mas e se você pudesse causar um curto-circuito no sistema de recompensas? Se as drogas deixassem de provocar o estado de estar chapado, seria mais fácil parar de usá-las? Uma pesquisa preliminar feita em modelos animais e humanos, sugere que é possível reduzir o comportamento da procura por drogas estimulando eletricamente as regiões cerebrais associadas à recompensa.

“Os resultados são promissores, mas ainda não sabemos como funciona”, afirma o engenheiro biomédico da Mayo Clinic, Ph.D. Hojin Shin. “O que realmente precisamos é de uma técnica que nos permita ver como o cérebro funciona e como o cérebro muda em resposta à estimulação, para que possamos utilizar essa informação no aprimoramento do tratamento.”

Como parte do Laboratório de Engenharia Neural da Mayo Clinic, Shin e seu colega, o Ph.D. Yoonbae Oh, têm estado ocupados desenvolvendo novas técnicas para medir substâncias químicas cerebrais — como a dopamina e a serotonina — em tempo real. As versões mais recentes utilizam eletrodos compostos de fibras de carbono flexíveis, mais finas que um fio de cabelo humano, conectadas remotamente a um circuito eletrônico que pode simultaneamente estimular neurônios e detectar neuroquímicos.

Os pesquisadores usaram suas inovações para obter informações importantes sobre os mecanismos da ECP e da dependência. Em um estudo, eles utilizaram a ECP para ativar a área tegmental ventral produtora de dopamina em cérebros de roedores. Em seguida, eles administraram uma dose de um estimulante altamente viciante. O tratamento experimental com a ECP reduziu o fluxo de dopamina ao núcleo accumbens, centro de recompensa do cérebro, quase pela metade.

Em outro estudo, a equipe testou a abordagem em um modelo de roedor com dependência de opioides. Quando eles deram aos modelos um opioide poderoso, viram um aumento nos níveis de dopamina. Mas quando eles trataram os modelos com ECP antes de administrar a droga, esse pico nunca ocorreu. O tratamento experimental pareceu também inibir a depressão respiratória, as dificuldades respiratórias responsáveis pela maioria das mortes por sobredosagem de opioides. 

Recentemente, a equipe recebeu um subsídio dos Institutos Nacionais da Saúde para obter a aprovação de uma Isenção para Dispositivo de Investigação da Food and Drug Administration (FDA), uma etapa necessário para os futuros estudos pré-clínicos e ensaios clínicos deste tratamento experimental.

“Ver o vício como um problema biológico, e abordá-lo com tratamentos biológicos como este, é uma mudança de paradigma”, explica Oesterle. “Sabemos que as intervenções comportamentais ou farmacêuticas padrões não funcionam para todos. Estamos indo muito além dos limites porque sabemos que precisamos fazer algo diferente, verdadeiramente diferente, para ajudar as pessoas a reconstruírem suas próprias vidas.”

Os pesquisadores ligados a esse projeto têm um interesse financeiro na tecnologia mencionada nesse artigo. Reveja os estudos para obter uma lista completa dos autores, divulgações e financiamento.

Sobre A Mayo Clinic

Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa, fornecendo compaixão, conhecimento e respostas para todos que precisam de cura. Visite a Rede de Notícias da Mayo Clinic para obter outras notícias da Mayo Clinic.

Atenção: a automedicação pode colocar sua vida em risco!

Conselho Federal de Farmácia aponta que 77% dos brasileiros têm esse hábito. Professora da UniSociesc, Gabriela Kozuchouski, ajuda a entender os perigos e faz alerta sobre uso indiscriminado

Não seria exagero dizer que a maior parte das pessoas, em algum momento da vida, já tomou um medicamento sem prescrição médica para combater uma febre, perder uns quilos, passar a dor no corpo ou resolver qualquer outro problema de saúde. Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia mostrou que a automedicação é um hábito dos brasileiros: 77% afirmaram se automedicar em algum momento. Mas, apesar de ser uma prática comum, a medida pode trazer graves consequências para a saúde.

Especialistas alertam que as consequências desse uso indiscriminado de medicamentos podem ser bem sérias para a saúde. A professora de Farmácia da UniSociesc, Gabriela Kozuchouski se preocupa com esse hábito e faz questão de chamar atenção para os perigos. “Todo medicamento possui efeitos colaterais e, se for ingerido de forma incorreta ou se ele não for adequado para o problema do paciente, pode fazer mais mal do que bem”, reforça.

Um dos pontos de alerta, segundo a especialista, é em relação à interação medicamentosa. Se o paciente toma mais de um medicamento, pode ocorrer, por exemplo, anular ou potencializar os efeitos um do outro, o que pode ser bem grave. “Agora, se o paciente relata todos os problemas de saúde e medicamentos usados no dia a dia, o médico saberá apresentar a melhor solução para o caso”, explica. Outro alerta fica para as reações adversas dos medicamentos, como alergias, dependência e até a morte.

A professora acredita que a automedicação tem potencial, também, de agravar uma doença, já que pode mascarar determinados sintomas. “E se o medicamento for antibiótico, então, é preciso prestar ainda mais atenção. Pessoas que ingerem frequentemente uma mesma substância acabam criando certa resistência à sua ação. “Os micro-organismos se acostumam com ele e o medicamento não funciona como o esperado, podendo até levar à morte. Não é à toa que as superbactérias estão cada vez mais comuns”, enfatiza.

O assunto é tão importante e sério que tem até uma data. Em 5 de maio é o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data foi criada pelo governo brasileiro para alertar a população sobre os riscos causados pelo uso indiscriminado de medicamentos e pela automedicação.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil por causa de intoxicação por uso de medicamentos. Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão entre os que mais intoxicam. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação, e 23% dos casos de intoxicação infantil estão ligados à ingestão acidental de medicamentos armazenados em casa de forma incorreta.

Mulheres querem emagrecer

As mulheres são as que mais usam medicamentos por conta própria, 53% fazem isso pelo menos uma vez ao mês. Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição, em cerca de 25% dos casos. Os dados são de pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia. Na busca por quilos a menos, por exemplo, muitas vezes lançam mão dos chamados remédios “naturais” para desintoxicar e emagrecer, que podem ser comprados sem receitas médicas.

E é aí que mora o perigo. “Muitos podem não ter qualidade ou eficácia. Alegam benefícios sem comprovação científica. O emagrecimento por meio de medicamentos deve ser falado com muita cautela. Até porque nosso corpo já tem um sistema natural de desintoxicação, por meio do fígado e dos rins. Então, o uso de medicamento pode ser, muitas vezes, enganoso e causar efeitos.”

Cuidado: problemas que podem surgir com a automedicação

Intoxicação
O uso incorreto de medicamentos, incluindo doses excessivas ou inadequadas, pode levar à intoxicação. Isso pode resultar em uma série de efeitos adversos, desde a ineficácia do tratamento, sintomas leves até complicações graves, incluindo overdose. É crucial seguir as instruções de dosagem e consultar um profissional de saúde se houver dúvidas.

Mascarar sintomas
Alguns medicamentos de venda livre proporcionam alívio temporário dos sintomas, como a febre ou a dor. No entanto, o alívio dos sintomas pode mascarar a gravidade da condição. É importante estar ciente de que o uso desses medicamentos não substitui a avaliação médica adequada para um diagnóstico correto da doença.

Foto: iStock

Reação alérgica
Ingerir medicamentos sem prescrição médica aumenta o risco de reações alérgicas ou não esperadas no organismo. Mesmo que um medicamento seja considerado seguro para a maioria das pessoas, pode haver indivíduos sensíveis a certos ingredientes. É essencial estar ciente dos sinais de uma reação alérgica e procurar ajuda médica imediatamente se ocorrerem.

Interação medicamentosa
O uso de medicamentos sem orientação médica pode aumentar o risco de interações medicamentosas prejudiciais, ou seja, o risco de um medicamento reagir em contato com outro que a pessoa usa. Alguns medicamentos podem potencializar ou neutralizar os efeitos de outros, resultando em efeitos colaterais indesejados ou redução da eficácia do tratamento. Consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer novo medicamento é fundamental para evitar interações perigosas.

remedio medicamento

Resistência
O uso indiscriminado de certos medicamentos, como antibióticos, pode contribuir para o desenvolvimento de resistência microbiana. Isso ocorre quando os microrganismos se tornam menos suscetíveis aos efeitos dos medicamentos, tornando o tratamento de infecções mais difícil. Utilizar medicamentos apenas quando necessário e conforme prescrito é essencial para prevenir o aumento da resistência antimicrobiana.

Falência hepática
Alguns medicamentos podem ter efeitos adversos no fígado, especialmente quando usados de forma inadequada ou por períodos prolongados. A falência hepática é uma complicação grave que pode resultar do dano hepático causado por medicamentos. É crucial seguir as instruções de dosagem e evitar o uso excessivo de medicamentos para proteger a saúde do fígado.

Fonte: UniSociesc

Shopping União de Osasco, ONG Amor Se Doa e H Hemo em campanha de doação de sangue para reforçar estoques em São Paulo

O evento, que será realizado no dia 11 de abril, visa combater a escassez de sangue nos hemocentros da capital paulista

Em parceria com o Shopping União de Osasco, a ONG Amor Se Doa e o H Hemo, promovem uma coleta externa de sangue para ajudar a suprir a demanda nos hemocentros da região metropolitana de São Paulo. A iniciativa, intitulada “É a solidariedade que junta a gente”, acontecerá no dia 11 de abril, entre 10h e 16h, no Piso Avenida do Shopping União, próximo ao Poupatempo.

Ilustração: Kalhh/Pixabay

“Com a baixa nos estoques sanguíneos registrada nos últimos meses, a doação de sangue torna-se crucial para garantir o atendimento de pacientes que necessitam de transfusões e procedimentos médicos. Por isso, convidamos a comunidade de Osasco e região a participar dessa nobre causa e salvar vidas”, ressalta João Carlos Alves Feitosa, Superintendente do Shopping União de Osasco.

As inscrições para as doações devem ser feitas online através do link abaixo, sujeitas a disponibilidade de vagas de acordo com a demanda de doadores:

Para se inscrever, clique aqui.

Os doadores devem atentar-se às seguintes recomendações:

Portar documento oficial de identidade com foto;
Beber bastante água antes da doação e se alimentar bem, evitando apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem o procedimento;
Pesar acima de 54kg;
Não estar em jejum;
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização do responsável ou tutor legal);
Estar descansado;
Não ter feito tatuagem nos últimos 06 meses (consultar regulamento)
Recém-vacinados com coronaVac devem aguardar 48 horas (para outras vacinas, aguardar 7 dias).
Bancos de sangue em alerta. Segundo dados fornecidos pelos principais Hemocentros de São Paulo, o cenário ideal é ter pelo menos 9,5 mil doações por mês. Porém, desde o início de 2024, os Hemocentros não conseguem essa quantidade mínima de doadores, registrando somente 35% das bolsas necessárias para atender os pacientes.

Com solidariedade, podemos fazer a diferença na vida de quem precisa. Junte-se a nós nesta causa nobre e vamos salvar vidas!

“É a Solidariedade que junta a gente”, Doação de Sangue
Shopping União de Osasco
Dia 11 de abril,
Horário: das 10h às 16h.
Endereço: Avenida dos Autonomistas, 1.400 – 06020-010 – Vila Yara, Osasco-SP

Reajuste de medicamentos impacta orçamento familiar dos brasileiros

Planejamento do orçamento e programas de benefícios podem ajudar a aliviar os gastos e manter a adesão aos tratamentos

O envelhecimento da população vem acompanhado com o aumento da incidência de doenças crônicas. Os gastos com medicamentos comprometem boa parte da renda familiar e, com o reajuste médio de 4,5%, a partir de 1 de abril, vão representar um peso ainda maior no orçamento.

“É fundamental garantir o acesso da população aos medicamentos para que possa dar continuidade aos tratamentos e ter mais qualidade de vida. Além de planejamento financeiro, os programas de benefícios de medicamento oferecidos pelos grandes laboratórios, ao promoverem descontos, ajudam a reduzir o impacto na renda familiar”, explica Eduardo Mangione, CEO da epharma, empresa que atende 33 milhões de pessoas e gerou mais de R$ 2 bilhões em economia de compras de medicamentos em 2023.

Para se ter uma ideia, dados da plataforma da epharma apontam para o aumento do consumo de medicamentos para doenças crônicas, como hipertensão, por exemplo. Nos dois primeiros meses deste ano, o volume de medicamentos comercializados para tratar a doença aumentou 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O ecossistema da saúde precisa ajudar a garantir o acesso e a adesão aos tratamentos medicamentosos, visando o aumento do bem-estar”, finaliza Mangione.

Fonte: epharma

É possível prevenir rinite, asma e influenza durante o outono e inverno?

Rinite alérgica atinge 26% das crianças brasileiras; asma acomete cerca de 10% da população

Durante o outono e inverno existe uma maior propagação de partículas virais e bactérias, isso porque há maior agrupamento de pessoas em ambientes fechados.

A redução da umidade do ar, que geralmente fica abaixo dos 30% nessa época do ano, aliada a condições de menor dispersão atmosférica de gases e de materiais particulados, irritam as vias aéreas, predispondo a quadros infecciosos. No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas mais bem definidas, como no Sul, Sudeste e Centro Oeste.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) detalha abaixo as doenças mais recorrentes nessa época do ano, os tratamentos disponíveis e como prevenir as alergias no outono e inverno.

Quais doenças são mais recorrentes nesses períodos?

A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de outono e inverno. Por isso, as campanhas de vacinação se iniciam nessa época. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros.

Qual a faixa etária mais suscetível a essas doenças?

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São os as crianças e os idosos. Na criança há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária e no idoso as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes. Isso tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis. A explicação advém do fato de que a criança apresenta uma boa resposta imunológica inata (que já está pronta desde o nascimento), importante na defesa ao coronavírus. Quanto aos imunodeficientes (primários ou secundários a tratamentos), trata-se de um grupo extremamente vulnerável a complicações clínicas quando infectados, por falta de defesas imunológicas.

E doenças respiratórias alérgicas, quais podemos ressaltar?

A rinite e a asma. A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do Isaac (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros.

Os sintomas da Rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados.

A asma acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética. Da criança até o adulto jovem, as alergias são fatores importantes como causadores de crises de asma.

É possível prevenir essas doenças respiratórias de Inverno?

A forma mais eficaz de prevenção é estar com a carteira vacinal atualizada. Também podemos prevenir das infecções tentando evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas.

Uma orientação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano e se não estiverem sob controle, os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros respiratórios graves.

Outras doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes também devem estar controladas para evitar o agravamento dos processos infecciosos respiratórios. Durante a epidemia no novo Coronavírus, este fato foi evidenciado e muitas mortes ocorreram nestes pacientes com comorbidades, em especial os não controlados.

Fonte: Asbai

Gordura abdominal pode ser mais prejudicial para pessoa acima dos 50 anos

Aumento da circunferência abdominal pode resultar em deficiência de vitamina D e doenças cardiovasculares, segundo pesquisas

A gordura abdominal costuma incomodar muitas pessoas. No entanto, mais do que uma preocupação estética, a famosa “pochete” pode ocasionar prejuízos à saúde. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Carlos (UFSCar), em parceria com a University College London, da Inglaterra, revelou que o aumento da circunferência abdominal é um fator de risco para a insuficiência e a deficiência de vitamina D em pessoas com mais de 50 anos. 

De acordo com os pesquisadores, a carência da vitamina D pode acarretar problemas na absorção de cálcio e fósforo e no funcionamento do sistema imune. O estudo também mostrou que a associação entre obesidade abdominal e fraqueza muscular pode aumentar em 85% o risco de morte por doenças cardiovasculares nessa faixa etária. 

As constatações servem de alerta, já que a gordura abdominal é reversível e pode ser tratada com exercícios físicos, alimentação balanceada e uso de medicamentos específicos. Profissionais da saúde, como o nutricionista e o médico endocrinologista, podem orientar o paciente sobre como tomar morosil ou outro emagrecedor, informando a dosagem e o período de uso adequados. 

Por que a gordura abdominal é perigosa? 

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De acordo com o Instituto de Longevidade, há dois tipos de gordura abdominal. A primeira é a subcutânea, que fica localizada a frente dos músculos do abdômen, e a segunda é a visceral, considerada a mais perigosa, pois se concentra ao redor dos órgãos internos, como fígado, intestino e coração. 

O acúmulo de gordura visceral pode aumentar a inflamação e os níveis de lipídios no sangue, desencadeando uma série de problemas. Segundo a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), trata-se de um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral). 

As células do tecido adiposo visceral são capazes de produzir substâncias inflamatórias que se alojam com facilidade nas artérias, formando placas de gordura que, com o tempo, podem dificultar ou bloquear a passagem sanguínea, ocasionando episódios de infarto ou AVC. 

Pesquisa coordenada por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, identificou que cada centímetro a mais de gordura abdominal aumenta as chances de problemas cardíacos, principalmente, em pessoas com idades entre 40 e 70 anos.

O estudo foi apresentado em um congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, na Espanha, revelando que 2,5 cm de gordura extra na barriga representam um crescimento de 11% no risco de desenvolver uma doença cardíaca. 

Formas de tratar o problema

A gordura abdominal pode ser revertida com a adoção de algumas práticas no dia a dia. Em entrevista à imprensa, o coordenador do Grupo de Pesquisas em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP), Hamilton Roschel, explicou que combinar uma rotina de atividades físicas, uma alimentação saudável e boas noites de sono é a sinergia ideal para aqueles que buscam diminuir esse tipo de gordura. 

O emagrecimento, que significa reduzir a composição corporal de gordura e aumentar a massa magra, é um dos caminhos para diminuir a gordura abdominal. Para isso, a orientação é manter-se ativo. O profissional indica caminhada, corrida, ciclismo e natação como atividades para perder a barriga, já que ajudam a aumentar a frequência cardíaca, acelerar o metabolismo e queimar calorias. 

Com relação à alimentação, a recomendação é priorizar alimentos in natura, ricos em nutrientes e vitaminas essenciais, evitando os processados e ultra processados. Roschel aponta que os alimentos integrais, ricos em fibras e com baixo teor de açúcar, como aveia, frutas e vegetais são fundamentais para auxiliar a queima de gordura.

Em alguns casos, o uso de medicamentos, como o morosil, podem auxiliar no processo. Além disso, focar na higiene do sono, no consumo de água e na redução do estresse também são passos para promover uma mudança no estilo de vida e diminuir o tecido adiposo.  

Doenças de outono: é gripe, resfriado, pneumonia, Covid-19 ou virose?

Época do ano aumenta a incidência de enfermidades respiratórias e sintomas se confundem

Neste dia 20 de março, o verão abre espaço para o outono, tempo mais seco e de poucas chuvas. Nesse período cresce a incidência de doenças respiratórias. Muitas vezes os sintomas aparecem e o diagnóstico fica inconclusivo.

A pneumologista Maria Vera Cruz do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) diferencia as principais doenças e esclarece quais são as mais comuns neste período.

Saiba quais são as doenças de outono

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– Alergias e os “Ites” crises de rinite, sinusite, faringite: por conta da maior concentração de poeira e poluentes no ar, ocorre com mais frequência os quadros alérgicos nesse período do ano. As mucosas ficam ressecadas e há aumento de crises de rinite, sinusite, faringite e asma.

O que difere as doenças é que a rinite é uma inflamação de crises alérgicas e que acomete o nariz. Já a asma é uma doença inflamatória crônica que ataca o sistema respiratório, especialmente, os brônquios. A faringite, bem como a sinusite, são infecções que podem ser causadas por vírus e bactérias e não só uma simples alergia, inflamando a faringe e os seios da face, respectivamente.

Andrea Piacquadio/Pexels

– Resfriados e pneumonias: a baixa umidade durante os meses de outono pode irritar as mucosas das vias aéreas e aumentar a probabilidade de infecções por diversos vírus como rinovírus e adenovírus, responsáveis pelos resfriados e pneumonias.

O que pode contribuir para o aparecimento dessas doenças são as mudanças bruscas de temperatura, como é possível ver neste ano, saindo de um calor intenso de verão para uma frente fria que atinge o Brasil em uma mesma semana que o outono chega. O brusco resfriamento das vias aéreas aumenta o risco de infecções virais. O mesmo pode acontecer com o uso de ar condicionado, local onde pode haver ainda acúmulo de bactérias e outros agentes como legionella.

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– Gripe / Influenza: Com a queda de temperatura, normalmente as pessoas tendem a ficar mais tempo em locais fechados, o que ajuda a proliferar doenças respiratórias, uma vez que o vírus influenza tem alta transmissibilidade por espirro e tosse, além do contato direto das mãos e objetos comuns como corrimões e maçanetas.

– Viroses: O mesmo explicado no caso de gripe acontece em quadros de virose, pois o tempo seco de outono favorece a colonização de vírus e infecções respiratórias, que têm rápida transmissão entre as pessoas. É comum as viroses causarem diarreia, febre, vômito, enjoo, dor muscular, dor na barriga, dor de cabeça, secreção nasal e entre outros sintomas.

– Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): é um grupo de doenças respiratórias muito relacionadas ao tabagismo. Com o ar seco e a inflamação de mucosas entre os meses março e junho, há maior incidência da bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas) e do enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos).

– Covid-19: além de todas as doenças do outono, após a pandemia iniciada em 2020, é possível ainda confundir os sintomas provocados pelo coronavírus. Para diferenciar, normalmente, há o aparecimento de quadro inflamatório da garganta, evoluindo para tosse seca, seguida de espirros, coriza, mal estar, febre, bem como fraqueza. É possível ainda identificar diminuição do olfato e paladar.

Resfriados podem ser diagnosticados com sintomas de mal-estar, espirros, coriza e obstrução nasal, febre, mas que em geral se tornam leves depois de 48 horas. Já o quadro inicial da gripe se assemelha ao do resfriado, porém, o tempo do paciente sintomático é maior, tendo duração em torno de uma semana, podendo até levar a falta de apetite e a perda de peso.

O que fazer durante os meses de outono para evitar doenças respiratórias?

De acordo com a pneumologista, a boa hidratação é o ponto chave, bem como manter a imunidade alta. É possível repor líquidos com água, chás e sucos e se alimentar adequadamente com alimentos leves, sem deixar o estômago vazio por muitas horas. “É bom evitar a aglomeração de pessoas em locais fechados, manter os ambientes arejados e umidificados para não facilitar a transmissão dos agentes infecciosos, além de se preocupar com a higiene das mãos. A especialista enfatiza a importância de manter a vacinação em dia. A vacina bivalente protege o agravamento tanto da Covid-19, quanto do vírus Influenza da Gripe, indicado para todas as pessoas com mais de 60 anos e de qualquer idade com comorbidades e fatores de risco. “Hidratação e lavagem nasal com soro também ajudam nessa época”, explica.

Vale lembrar que a vacina contra a gripe protege contra o vírus H1N1 que é a infecção respiratória em humanos causada por uma cepa de influenza que surgiu pela primeira vez nos porcos.

Fonte: Iamspe

4 dicas para fortalecer a imunidade nas mudanças de temperatura

Descubra como a chegada do outono afeta sua saúde e aprenda estratégias eficazes, reforçando seu sistema imunológico com hábitos saudáveis

Com a chegada do outono, fica claro que a transição de estação pode acabar influenciando diretamente a saúde da população, já que a tendência no verão são temperaturas mais quentes, enquanto no outono acontece a diminuição gradual das temperaturas, levando muitas pessoas a sofrerem com essa mudança.

Segundo um estudo do ResearchGate, doenças respiratórias, como bronquite, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e enfisema, são diretamente afetadas com as mudanças climáticas, prejudicando a saúde respiratória​​. Essa tendência pode acontecer por conta de do maior tempo passado em ambientes fechados, onde os vírus podem se espalhar mais facilmente, e também devido à redução da umidade do ar do período.

Para combater esses desafios e fortalecer o sistema imunológico, adotar hábitos saudáveis na transição para o outono é essencial. Priscila Bernardes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Newton Paiva, referência em saúde em Belo Horizonte, revelou algumas dicas para ficar com a saúde em dia e não se complicar quando as temperaturas mais baixas chegarem:

Foto: Nicole Franzen

Vitamina C: uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes, pode fornecer os nutrientes necessários para apoiar a saúde imunológica. Alimentos como laranja, acerola, kiwi e brócolis são excelentes fontes de vitamina C, um poderoso antioxidante que ajuda na prevenção de doenças.

Suplementação de vitaminas: a suplementação de vitaminas pode ser considerada uma boa opção, especialmente para quem tem dificuldade em obter todos os nutrientes necessários apenas pela alimentação, ou de forma natural, como tomado sol.

Hidratação: além da alimentação, manter-se hidratado é fundamental, especialmente em um período em que o clima começa a ficar mais seco. A água é sempre a nossa melhor aliada, você também pode complementar seu consumo de líquidos com um chá quentinho ou sopas leves, pontua a especialista. A ingestão de líquidos ajuda a manter as vias aéreas úmidas, facilitando a defesa contra agentes patogênicos.

Daniel Reche/Pixabay

Atividade física: a prática regular de atividade física também desempenha um papel crucial na manutenção da saúde. Não só fortalecendo o sistema imunológico, mas também a qualidade do sono, além de reduzir os níveis de estresse, fatores cruciais para um bom funcionamento do organismo. Uma opção é aproveitar as temperaturas amenas e as paisagens transformadas pelas cores do outono, para fazer caminhadas ao ar -livre.

Para a especialista, as pessoas não podem subestimar a importância de hábitos simples, como lavar as mãos frequentemente e usar roupas adequadas para se proteger do frio. “Essas medidas, embora básicas, são eficazes na prevenção de doenças comuns do outono. Adotar esses hábitos não só pode ajudar a navegar pela transição das estações com mais saúde, mas também estabelecer a base para um bem-estar duradouro ao longo do ano,” finaliza.

Fonte: Centro Universitário Newton Paiva

8 táticas para aliviar a ansiedade diária da mulher, segundo estudos

Quando a ansiedade se torna crônica e persistente, pode afetar o cotidiano da mulher e exigir intervenção

De acordo com a Anxiety & Depression Association in America, aproximadamente 264 milhões de pessoas no mundo são acometidas por transtornos de ansiedade, sendo que as mulheres têm duas vezes mais chances de desenvolver transtornos de ansiedade em relação aos homens. No último ano, a prevalência foi maior para as mulheres (23,4%) do que para os homens (14,3%).

No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 19 milhões de pessoas possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, ou seja, quase 9,3% da população brasileira.

Já uma pesquisa do DataFolha revelou que três em cada dez brasileiros se sentem ansiosos, sendo que 27% das mulheres já tiveram diagnóstico de ansiedade e 20% de depressão — o dobro da taxa registrada para homens (14% e 10%, respectivamente).

“Mesmo com a alta prevalência, a ansiedade na mulher ainda é um tema velado na sociedade, assim como qualquer transtorno mental que a envolva”, afirma Juliana Santos Lemos, psicóloga clínica, especialista em Psicopatologia e Terapia Cognitivo-Comportamental pela PUC/RS.

Segundo a psiquiatra Danielle Admoni, pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); quando a ansiedade se torna crônica e persistente, pode afetar o cotidiano da mulher e exigir intervenção.

Gatilhos comuns de ansiedade na mulher incluem: fatores biológicos, altas expectativas sociais e profissionais, assédio e discriminação em ambientes dominados por homens, pressão para manter o equilíbrio entre as tarefas domésticas e a carreira, instabilidade financeira, flutuações hormonais durante os estágios da vida, como menstruação, gravidez e menopausa.

Sintomas de ansiedade: abrangem uma série de manifestações emocionais e físicas, como: constante falta de ar e tontura, pensamentos negativos persistentes, sintomas físicos (dores de cabeça, desconforto gástrico, acidez e dor no peito), dificuldade de concentração, inquietação, irritabilidade e agitação; dificuldade de dormir devido à mente hiperpensante.

Portanto, para proteger seu bem-estar emocional e evitar impactos negativos na sua rotina, as especialistas citam estratégias, com base em estudos, para reduzir seus níveis de ansiedade:

Adicione “Weightless” na sua playlist: segundo uma pesquisa feita por cientistas do Mindlab International, voluntários que foram expostos à música “Weightless”, do grupo Marconi Union, tiveram uma redução de 65% na ansiedade geral. Produzida por especialistas terapeutas de som, a canção, que pode ser encontrada nas principais plataformas de música, foi criada especificamente com o objetivo de minimizar os sintomas estressores.

“As harmonias e os ritmos foram estrategicamente selecionados para gerar um efeito calmante, ajudando a desacelerar a frequência cardíaca, reduzir a pressão arterial, os níveis de cortisol, além de aumentar a liberação de endorfina, promovendo sensação de prazer e bem-estar”, conta Danielle.

Pise mais o pé na grama: “Há um motivo pelo qual a natureza é chamada de ‘Vitamina N’. Pesquisas comprovam que o contato com o verde e a terra relaxam corpo e mente, ajudando a lidar com a tensão à medida que ela surge”, conta a psicóloga Juliana.

Seja uma artista (mesmo que amadora): uma revisão de estudos constatou que desenhar, trabalhar com argila, pintura ou outras atividades artísticas podem reduzir significativamente a ansiedade e provocar uma sensação de calma, conforme medido pela diminuição do cortisol, da frequência cardíaca e da pressão arterial. “O que vale aqui não é talento. O que você produz é menos importante do que apenas o processo de criação em si”, frisa a psicóloga.

Dormir bem é obrigação: uma pesquisa realizada pela Universidade de Maryland e pela Universidade Chinesa de Hong Kong comprovou que as taxas de distúrbio do sono são mais elevadas nas mulheres, estimando um risco 40% maior em comparação aos homens.

Já um estudo feito pela National Sleep Foundation mostrou que quase 70% das entrevistadas alegaram ter tido problemas para dormir durante algumas noites, no decorrer do mês anterior à pesquisa, o que significa uma taxa bem significativa. Uma das razões pelas quais as mulheres têm menos qualidade de sono é o fato de terem que lidar com maiores demandas, conciliando trabalho, família, casa e vida pessoal.

“É durante o sono que o cérebro entra em um estado de atividade reduzida, se refaz, consolida memórias e se prepara para absorver novas informações, além de promover o equilíbrio dos sistemas endócrino, imunológico e neurológico”, ressalta Danielle.

Encare a água gelada no rosto: mergulhe seu rosto em uma tigela de água gelada por 15 a 20 segundos. Parece estranho, mas funciona! “Estudos evidenciam que o contato do rosto com temperaturas frias ativa um mecanismo de neutralização em resposta ao estresse. Vale também tomar uma ducha fria, ou colocar no rosto um cubo de gelo, ou uma bebida gelada”, explica a psicóloga.

Elimine, ao menos, uma pendência da sua lista: escolha uma coisa que esteja adiando e faça, seja passar a pilha de roupas acumulada ou ter a reunião com seu contador. “Tarefas procrastinadas ocupam espaço em nosso cérebro, causando um nível subjacente de estresse. Aliás, só de riscar uma pendência da lista mental já diminui a ansiedade”, pontua Danielle.

Farhad Ibrahimzade/Unsplash

Varie o cardápio: toda mulher passa por diferentes fases ao longo da vida que afetam tanto a saúde física como mental. Para amenizar os sintomas, nada melhor do que apostar numa aliada eficaz: a alimentação equilibrada.

De acordo com o estudo Evaluation of the Triptolife Product, publicado no Scientific Journal of Health, alimentos ricos em triptofano (como banana, ovo, leite, chocolate amargo, sementes, grãos, entre outros) ajudam na síntese e no controle da serotonina no organismo, auxiliando a regular o bem-estar da mulher.

“Também é importante incluir na dieta alimentos ricos em potássio, magnésio e vitaminas do complexo B, controladores do equilíbrio iônico, necessário às reações orgânicas. Quando esses elementos estão estáveis, promovem relaxamento e um sono tranquilo, condição ideal para a liberação de mais serotonina”, ressalta Juliana, que também é especialista em Comportamento Alimentar e Obesidade pela FAECH/MG.

Aposte na terapia: “Vale lembrar que a ansiedade é uma resposta humana inata que surge quando enfrentamos circunstâncias incertas ou percebemos uma ameaça iminente. Mas, quando a ansiedade se agrava, e as situações ultrapassam nossa capacidade de gerenciamento, é hora de buscar ajuda”, finaliza Danielle.