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Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Infectologista desvenda os mitos que ainda existem sobre o HIV/Aids

Hoje se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Já se passaram quatro décadas, mas a infecção pelo HIV/Ais ainda é motivo de alerta, exigindo campanhas de conscientização em relação à importância de se investir em prevenção, além da necessidade de diagnóstico e tratamentos precoces.

Apesar de os índices de mortalidade relacionados a infecção do HIV/Aids terem sofrido redução, um relatório de 2019 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) aponta que o número de casos da doença aumentou 21% no Brasil desde 2010, indo na contramão do que acontece no resto do mundo.

Para esclarecer dúvidas sobre a doença e desmistificar alguns fatos, a infectologista Romina Oliveira, especialista em Saúde Pública, elencou os temas abaixo.

Quem tem HIV, tem Aids

Darwin Laganzon/Pixabay

Mito. O HIV refere-se ao vírus da imunodeficiência humana, e a Aids é a síndrome da imunodeficiência humana adquirida. Os termos não podem ser usados como sinônimos. Estar infectado pelo vírus não significa estar doente. O termo Aids só é aplicado em estágio avançado da infecção quando ocorre um grande comprometimento do sistema imunológico, o que pode demorar anos para acontecer.

Aids pode ser uma doença silenciosa


Verdade. Há pessoas que vivem anos com o HIV sem ter sintomas ou desenvolver a Aids, mas, sem o diagnóstico precoce, seguido pelo início e adesão ao tratamento, essas pessoas podem transmitir o HIV. Além disso, sem a medicação antirretroviral, esses pacientes ficam suscetíveis ao agravamento da condição, levando ao enfraquecimento do sistema imunológico e ao aparecimento de doenças oportunistas. Por isso, é muito importante fazer o teste para detecção do HIV sempre que houver alguma exposição. Este hábito pode salvar vidas, pois aproximadamente 134 mil brasileiros vivem com HIV e não sabem.

Aids não mata mais como antigamente

Waldryano/Pixabay

Verdade. Não é uma sentença de morte como aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, pois os antirretrovirais mais modernos trouxeram qualidade de vida e longevidade às pessoas que vivem com o HIV. Nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil a maioria dos casos de infecção em homens, acontece nas faixas etárias de 15 a 29 anos e mais velhos (acima de 50 anos). Na população de idade mais avançada, com o aumento da expectativa de vida, estendeu-se também a atividade sexual. Porém, ainda há o preconceito e a crença equivocada de que o uso de preservativos tira a sensibilidade ou é usada somente para evitar gravidez.
Além da relação sexual sem proteção, há outras formas de exposição ao HIV, como uso de seringas compartilhadas ou outros materiais perfurocortantes, de contato com sangue contaminado, de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.

Os testes sorológicos (convencionais e rápidos) para HIV não estão na rede pública de saúde

Mito. Além dos testes rápidos para HIV serem vendidos em farmácias, estes e outros testes também são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, esses exames e testes detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Além disso, é garantida a total confidencialidade das informações dos resultados dos exames nas redes pública e privada.

Os antirretrovirais são de difícil acesso no país

Mito. No Brasil, o tratamento contra o HIV está disponível no Sistema Único de Saúde, bem como os testes de detecção do vírus5. O Programa Nacional de DST/Aids do governo brasileiro, inclusive, é reconhecido mundialmente por sua ampla atuação no campo de direitos humanos, prevenção e tratamento do HIV, e os pacientes em tratamento aqui apresentam ganhos em relação a expectativa de vida. Para as pessoas que se expuseram ao vírus por conta de acidentes com materiais perfurocortantes ou relação sexual sem preservativos, há medicamentos do coquetel do tratamento da Aids usados como prevenção de infecção pelo HIV. Eles devem ser tomados até duas horas após a exposição e no máximo após 72 horas. Trata-se da profilaxia pós-exposição (PEP). Há também a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) que consiste em uma nova abordagem de prevenção à infecção com o uso de um comprimido diário que impede que o vírus infecte o organismo.

Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais

Mais mortal, transmissível e infeccioso do que o HIV, o vírus causador da Hepatite C segue um desconhecido para a imensa maioria dos pacientes no Brasil e, em silêncio, pode estar causando uma doença sistêmica. No Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, entenda a situação e teste-se

Estima-se que no Brasil existam entre 1,4 e 1,7 milhão de portadores de hepatite C. Grande parte desconhece seu diagnóstico e poucos sabem como ocorreu a transmissão ou que exista tratamento para a doença¹.

Conscientizar a população sobre prevenção, proteção e a necessidade de fazer o teste da Hepatite C são objetivos do Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado anualmente em 28 de julho.

No Brasil, dados epidemiológicos apontam que aproximadamente 80% das pessoas com o vírus da Hepatite C (HCV) estão acima dos 40 anos de idade².

“Como o vírus só foi descoberto em 1988, os comportamentos e fatores de risco eram até então desconhecidos, o que favorecia infecções”, comenta Nelson Cheinquer, diretor médico da Gilead no Brasil, biofarmacêutica global que tem a Hepatite C como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento.

O fato de a doença ser assintomática em 80% dos casos faz dela um sério problema de saúde pública, podendo levar décadas para dar sinais e, normalmente, manifestando-se já em estágio avançado de comprometimento do fígado ou com quadros associados.

A Hepatite C é a maior causa de cirrose, câncer e transplante de fígado no mundo³. Além das complicações relacionadas ao fígado, ela pode desencadear uma verdadeira doença sistêmica. Estudos comprovam que o vírus da Hepatite C aumenta os riscos do aparecimento de outras doenças como a Diabetes do tipo 2 e do Linfoma, por exemplo4.

O HCV é transmitido por contato com sangue infectado, sendo que os principais meios de transmissão são reutilização e esterilização inadequada de equipamentos médicos e outros, compartilhamento de seringas e agulhas, práticas sexuais de risco e transmissão vertical (da mãe para o filho).

“Levar o próprio material para a manicure, utilizar seringas e agulhas descartáveis e usar preservativos em práticas sexuais de risco são medidas efetivas de proteção contra infecções”, explica Cheinquer.

grafico hepatite.jpg

HCV vs HIV

Estudos já demonstraram que o HCV é seis vezes mais transmissível do que o HIV5, estatística que pode ser explicada por características como a capacidade de sobrevida do vírus. Fora do corpo, ele permanece vivo por até quatro dias, podendo chegar a quase dois meses quando em ambiente fechado, como no interior de uma seringa, por exemplo.

Ainda no comparativo com o HIV, outros dois dados surpreendem. Desde 2007, a taxa de mortalidade por HCV supera a do HIV6. Só no Brasil, calcula-se em torno de 3 mil mortes associadas à Hepatite C anualmente. Além disso, o vírus HCV é 50 a 100 vezes mais infeccioso que o HIV.

A despeito disso, porém, a doença tem alta taxa de cura, inclusive quando descoberta em seu estágio mais avançado. “Mesmo pessoas com cirrose ou descompensação do fígado podem ser tratadas e o vírus erradicado. Nesses casos, contudo, o paciente pode precisar de outros tratamentos complementares e seguimento”, afirma Cheinquer.

Esse problema é evitável com a descoberta e início do tratamento rápido, se necessário. “Mesmo que você não se enquadre em nenhum dos fatores de risco, deveria fazer o teste para Hepatite C pelo menos uma vez. É inclusive uma recomendação do Conselho Federal de Medicina que todos sejam testados”, recomenda o médico. “Agora, se você tem ou teve alguma entre as experiências que configuram risco, uso de drogas injetáveis, práticas sexuais de risco desprotegidas, entre outras, é recomendado que faça o teste anualmente ou até a cada semestre”, completa.

Fontes:

1 – Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções – 27 de julho de 2015, 7
2 – Bruggmann, et al. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 5–33
3 – Allison RD, et al.Increased incidence of cancer and cancer-related mortality among persons with chronic hepatitis C infection; J Hepatol 2015; 63:822-828
4 – World J Gastroenterol. 2016 Jul 21;22(27):6214-23; Negro, J Hepatol 2014
5-     http://hcvadvocate.org/hepatitis/factsheets_pdf/Similarities_and_Differences_between_HIV_and_HCV.pdf
6 – http://www.cdc.gov/hepatitis/statistics/2010surveillance

Fonte: Gilead

Carnaval é época de brincar, mas não com a saúde

Além de ser um método contraceptivo, a camisinha é a melhor maneira de evitar as doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV

Em fevereiro, os foliões invadem a cidade em busca de muita festa e diversão. E para garantir que essa alegria durará o ano inteiro, a prevenção é importantíssima. A camisinha, além de contraceptiva, é uma forma de prevenção do contato com o vírus HPV. “Uma infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) pode ter relação com câncer no colo uterino. Dos mais de 150 tipos de vírus HPV existentes, cerca de 15 são considerados de alto risco e possuem relação com o câncer, como o HPV 16 e o HPV 18”, afirma oncologista Ellias Magalhães da Oncomed-BH .

As lesões do vírus raramente aparecem com sintomas. De acordo com o oncologista, muitas vezes a doença é descoberta por acaso durante o exame de Papanicolau. Porém, se não tratada corretamente, pode desenvolver-se como câncer de colo de útero. “Depois de diagnosticada a existência do câncer de colo uterino, o tratamento dependerá do tipo de lesão e extensão da doença. Em seus estágios iniciais, a doença é tratada cirurgicamente. Já os tumores mais avançados geralmente são tratados utilizando quimiorradioterapia”, esclarece o oncologista.

Por isso, para não acabar com a folia, confira quatro coisas que você precisa saber para ficar protegido.

O que é o HPV?

O HPV, Papiloma vírus humano, é uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida. O vírus é responsável pelo desenvolvimento de diversas patologias, como a verruga vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe.

beijo blindanimal
Foto: Blindanimal/MorgueFile

Como o HPV é transmitido?

É uma DST, considerada a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. O sexo sem o uso de proteção – camisinha – é a principal causa de transmissão. Também pode ocorre a transferência do vírus de mãe para filho no momento do parto, devido ao trato genital materno estar infectado.

Como é feita a prevenção?

Pesquisas mostram que o uso correto e consistente de preservativos pode diminuir as chances de contaminação. Também existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis. Elas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos. Em 2016, o Ministério da Saúde adotou o calendário de duas doses, sendo a segunda dose seis meses após a primeira. Meninas de 9 a 13 anos de idade têm garantida a vacina gratuita no SUS. Neste ano de 2017, os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV também pelo SUS de todo o país. Outros grupos podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos.

camisinhas

Quem pode ser infectado?

Homens e mulheres. Ambos podem apresentar verrugas causadas pelo HPV tipos 6 e 11. Porém os tipos de alto risco podem resultar em câncer. Nos homens podem levar ao câncer de pênis e de ânus. Já nas mulheres, pode provocar o câncer de colo de útero.

Fonte: Oncomed

Médicos invadem Praia do Gonzaga para orientar mulheres sobre contracepção, DST e Zika

SOGESP e APM promovem atividade educativa e ações junto à comunidade sobre diversos temas de saúde feminina em 28 e 29 de janeiro, das 9h às 14h

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), em parceria com a Associação Paulista de Medicina (APM), promove um mutirão para orientar as mulheres sobre importantes temas de saúde feminina, na praia do Gonzaga, Santos, nos dias 28 e 29 de janeiro, das 9 às 14 horas.

Médicos especialistas e estudantes esclarecerão as dúvidas de participantes. Também haverá distribuição de camisinhas, folders explicativos, panfletos, brindes, água, suco, além de sorteio de livros, música ao vivo e zumba.

Batizada de Verão Mulher SOGESP, a ação receberá o público na tradicional barraca da APM, localizada próxima ao Canal 3. Haverá, de maneira gratuita e acessível a todos os banhistas, palestras curtas, com duração de dez a quinze minutos, que abordarão relação de zika, dengue e gravidez; higiene genital feminina; sífilis adquirida e congênita; gravidez não planejada; e mortalidade materna e infantil.

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia tem preocupação permanente com a saúde da mulher brasileira. É fundamental para nós a aproximação com a comunidade, a fim de tornarmo-nos ponto de referência para quem busca informação de qualidade.

Atividades como essa são idealizadas exclusivamente em prol do cidadão, daí a importância dessa união da APM com a SOGESP, pois transmitiremos conhecimento de excelência à saúde da mulher, em particular para a prevenção de doenças e cuidados pré-natal.

DST

O número de infecções sexualmente transmissíveis não para de crescer. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que no Brasil há, por ano, 937 mil novos casos de sífilis, 1,5 milhão de gonorreia, 1,97 milhão de clamídia, 640 mil de herpes genital e 685 de HPV. Relatório emitido pelo Ministério da Saúde, em 2009, calcula que cerca de 10 milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de alguma DST. “As pessoas acreditam que são imunes às doenças sexualmente transmissíveis e praticam sexo desprotegido. A sociedade construiu um preconceito perigoso ao redor das DST, acreditando que só acometem determinadas classes sociais, faixas etárias e orientação sexual. Isso não é verdade: todos podem ser infectados”, alerta Rose Luce Amaral, médica do Hospital da Mulher CAISM, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), responsável por palestra sobre o tema no Verão Mulher SOGESP.

camisinhas

Sífilis Congênita

Dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, divulgados em 2015, afirmam que, em seis anos, a sífilis congênita teve aumento de 135%; já em gestantes, o percentual chegou a 1.407%. Encarada como epidemia pelo Ministério da Saúde, é uma doença silenciosa, capaz de acarretar problemas sérios, como aborto, má formação do feto ou morte no nascituro.
Diante deste cenário preocupante, João Carlos Francez, especialista em Doenças Sexualmente Transmissíveis pela Sociedade Brasileira de DST, abordará a incidência, as formas de transmissão, os sintomas, o tratamento e, principalmente, a prevenção.
“Devido ao expressivo crescimento do número de infectados, é fundamental informar a comunidade a respeito da sífilis, tanto a adquirida quanto a congênita”, reforça.

Mortalidade materna

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, desta vez conjunto à Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), aponta que a Baixada Santista apresenta a maior taxa de mortalidade materna e infantil de São Paulo – os índices estão 36,4% acima da média. Este tópico será discutido em apresentação do professor do Centro Universitário Lusíada e diretor da Regional de Santos da SOGESP, Francisco Lázaro Pereira de Souza.
Segundo Souza, “os indicadores apontam as condições de saúde de uma população e o compromisso que a sociedade tem com o direito das mulheres. Estima-se que 90% dos óbitos de mulheres grávidas poderiam ser evitadas com atendimento adequado. A morte materna tem nome e história, não é apenas um número”.

Contraceptive pill

Contracepção

Jarbas Magalhães, vice-presidente da SOGESP, tratará dos principais métodos de contracepção. “No mundo, a taxa média de gravidez é de 133 a cada dez mil mulheres entre 15 e 44 anos. Destas, 40% não foi planejada. Em países em desenvolvimento, mais de 200 milhões desejam evitar a gestação, mas não fazem uso de contraceptivos”, informa.
Segundo Magalhães, o cenário é agravado pela falta e uso incorreto desses mecanismos. “Por isso, vamos desmitificar as opções de longa duração, como DIU e implante, que reduzem significativamente a ocorrência de gravidez não planejada”.

Zika

A falta de políticas públicas para saúde reprodutiva voltou a preocupar a população geral após a descoberta da relação da infecção por zika com a microcefalia. Estudo da Universidade de Brasília identifica que 50% das mães em potencial preferem evitar engravidar por medo do vírus. Sergio Floriano Toledo, diretor científico da Regional de Santos da SOGESP e professor mestre da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, orientará sobre os perigos às gestantes ocasionados pela dengue e zika. “Também abordarei a proliferação de larvas do Aedes aegypti, que podem ficar em latência por até um ano. Repassarei dicas sobre proteção contra os mosquitos, com uso de repelentes e de roupas claras que cubram as pernas e braços – áreas mais suscetíveis às picadas. Não somente, grávidas devem sempre usar camisinha nas relações sexuais com os parceiros, uma vez que
a doença geralmente pode ser assintomática nos homens”, anuncia.

calcinha2

Higiene íntima

Aliada à prevenção de doenças, a manutenção do microbioma feminino auxilia na preservação da saúde da mulher. Paulo Girado, presidente da SOGESP, apresentará aula referente à higiene íntima, destacando a utilização de produtos adequados, como absorventes, depilação e lingerie. “Manifestações consequentes à higienização incorreta podem ser confundidas com doenças como candidíase. O ideal é adotar uma limpeza que não peca por falta nem excesso e que remove a maior parte do material orgânico acumulado, além da aplicação de produtos que não agridam a pele e a mucosa vulvar”, diz. “Logo, dedicarei meu tempo para esclarecer mitos e verdades presentes no senso comum”.

Verão Mulher SOGESP

O evento Verão Mulher SOGESP faz parte de um amplo projeto da SOGESP para todo estado com atividades mensais, cujo objetivo é aproximar a instituição da população, priorizando assuntos pertinentes à saúde das mulheres.

Programação 28/01

Horário Atividades
09h00 – 10h00 Abertura do evento
Atividades física integrada Profª Camila Geanoni
10h00 – 10h40 Mortalidade materna e infantil – Dr. Francisco Lázaro Pereira de Sousa
10h40 – 11h20 Sífilis Adquirida / Congênita – Dr. João Carlos Francez
11h20 – 12h00 DST – Dra. Rose Luce Gomes do Amaral
12h00 – 12h40 Zika / Dengue e gestação – Dr. Sérgio Floriano de Toledo
13h00 – 14h00 Apresentação da bateria (Estudantes de Medicina do Centro Univers. Lusíada)

Programação 29/01

Horário Atividades
09h00 – 10h00 Abertura do evento
Atividades física integrada Profª Camila Geanoni
10h20 – 10h40 Higiene Genital Feminina – Dr. Paulo Cesar Giraldo
10h20 – 10h40 Gravidez não planejada – Dr. Jarbas Magalhães
10h40 – 11h00 DST – Dra. Rose Luce Gomes do Amaral
11h00 – 12h00 Sorteio de Brindes e Livros
12h00 – 12h20 Zika / Dengue e gestação – Dr. Sérgio Floriano de Toledo
12h20 – 12h40 Sífilis Adquirida / Congênita – Dr. João Carlos Francez
12h40 – 13h00 Mortalidade materna e infantil – Dr. Francisco Lázaro Pereira de Sousa
13h00 – 14h00 Apresentação Dr. Ronaldo/Encerramento

Qual seu maior receio em relação à saúde?

Para a maior parte dos jovens, o câncer é hoje a doença mais assustadora, ficando na frente de HIV e problemas cardíacos

Qualidade de vida, bem-estar, corpo e mente equilibrados, a cada dia cresce a procura por hábitos saudáveis, capazes de trazer mais energia e vitalidade ao ser humano. Com isso, a prática de atividades físicas também entra na rotina de grande parte dos brasileiros. Em meio a uma sociedade mais consciente e na busca por maior disposição, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios quis saber: “Qual seu maior receio em relação à sua saúde?”. O resultado apontou novas preocupações.

A pergunta foi direcionada a 11.551 jovens de todo o Brasil, com faixa etária entre 15 e 26 anos, de 21 de novembro e 2 de dezembro. Superando outros grandes males, o câncer teve o maior número de votos, sendo apontado por 55,91% (6.458 pessoas) como o mais preocupante atualmente. Para a gerente de treinamento do Nube, Eva Buscoff, não apenas entre a juventude, mas causa medo em todas as gerações. “Quem já presenciou um caso ou mesmo perdeu um ente querido, sabe o quanto o diagnóstico pode ser devastador”, afirma.

cancer de mama

Contudo, conforme os dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares levam mais brasileiros ao óbito. A SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) registra cerca de 350 mil mortes ao ano, causadas por infarto, insuficiência cardíaca e derrame. São cerca de 720 paradas de coração por dia e 300 mil casos ao longo do ano, conforme dados da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

coração partido

No entanto, os problemas cardíacos ficaram em terceira posição no ranking, com 13,24% (1.529). Para Eva, negligenciar a saúde é um fator cultural muito presente, principalmente quando se trata do coração. “Aprendemos a remediar e não a prevenir”, enfatiza.

Em segunda posição, o HIV foi citado por 19,58% (2.262) dos votantes. Segundo a especialista, muito provavelmente, o fato dessa geração não ter presenciado o auge do seu contágio e o impacto da epidemia na década de 80, sejam argumentos relevantes para nem todos darem a devida importância. “É característica do jovem subestimar os riscos, seja em relação a doenças infectocontagiosas, DST ou prevenção de gravidez”, comenta.

exame de sangue são luiz

Todavia, é preciso ficar atento quanto aos perigos da transmissão, pois na América Latina, o Brasil responde por 40% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do Unaids -, enquanto Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru respondem por 41%. De 2006 a 2015 a taxa de detecção de Aids no país, entre aqueles com 15 a 19 anos, quase triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes) e entre os jovens de 20 a 24 anos, dobrou de 15,9 para 33,1.

Em último lugar, a obesidade foi indicada por 11,27% (1.302). Porém, é importante dar mais relevância ao tema. De acordo a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, os números nos colocam entre aqueles com maior sobrepeso do mundo.

obesidade
Foto: Xenia/Morguefile

Para a gerente do Nube, a dica principal é dosar de maneira correta todas as ações. “Pratique esportes com acompanhamento de um profissional da área, esteja conectado à Internet o mesmo período dedicado a estar fisicamente com os amigos, pais e familiares. Tenha uma boa alimentação, tudo com equilíbrio e responsabilidade!”, incentiva. Se algo estiver fora do esperado, o ideal é não perder tempo. “Procure um médico. Prevenção é a dica inteligente para essa nova geração!”, finaliza.

Fonte: Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube

Infectologista do Hospital São Luiz alerta para o aumento de casos de DST

Brasil vem na contramão de outros países, que tem diminuído seus índices.

Nos últimos anos, houve no país o aumento de algumas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Dados do Ministério da Saúde indicam que, desde 2006, os casos de Aids nos jovens entre 15 e 24 anos aumentaram mais de 50%. De acordo com Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz Morumbi, o Brasil vem na contramão de outros países, que têm diminuído seus índices.

Outro aumento que chama atenção é o da sífilis, já que o número de notificações no atendimento público aumentou quase seis vezes entre 2007 e 2013. Segundo a especialista, não há controle do registro de aumento de casos de enfermidades como hepatite B, herpes genital e o HPV, mas essas doenças são constantes.

camisinhas

Raquel explica que as causas mais prováveis para o aumento das DST são os jovens usando menos preservativo e mais conhecimento e confiança nos tratamentos que a medicina oferece, ao invés da prevenção: “As pessoas estão deixando de se cuidar e isso aumenta a transmissão das doenças”.

Não usar preservativo em todos os tipos de relação sexual, e não apenas quando há penetração, compartilhar seringas e até alguns produtos de higiene pessoal são fatores de risco para a transmissão de DST. Apenas algumas das doenças, como a hepatite B e o HPV, que pode causar câncer de colo de útero nas mulheres e outros tumores nos homens, têm vacina.

“É sempre indicado procurar fazer um check-up, porque algumas pessoas não sabem que são portadoras de doenças, então precisa ter um controle”, aconselha a infectologista.

Além disso, é necessário que mesmo o paciente que já fez o exame, e obteve resultado negativo, tome muito cuidado. Existe uma janela imunológica de transmissão que pode apontar para a ausência de enfermidades mesmo quando elas existem. “Vale muito mais um hábito permanente de controle do que fazer um exame e deixar de usar preservativos”, orienta.

Raquel ainda chama a atenção para mais um fato: “O paciente que tem uma DST tem três vezes mais chances de contrair outra porque é uma porta de entrada. Ele pode ter tido outras relações sem preservação e não saber que está infectado. Por isso há uma chance maior”, esclarece. Portanto, a prevenção é sempre o melhor caminho.

Algumas doenças sexualmente transmissíveis são curáveis e as demais são tratáveis. Herpes genital, de acordo com a especialista, tem 15% de chance de ser recorrente, até 55% de chance de acontecer duas vezes e 30% de ocorrer apenas uma vez. A sífilis é curável, mas pode haver recontaminação se os hábitos não mudarem. O HIV não tem cura, mas é controlável e a hepatite B tem cura em mais de 90% dos casos.

exame de sangue são luiz

Para o diagnostico, o médico indicará os exames necessários, que podem ser de sangue, ginecológicos ou de secreção peniana, por exemplo.

Fonte: Hospital São Luiz 

N.R.: Muitos acreditam que por ser possível, na maioria dos casos, controlar HIV/Aids por meio de medicamentos, não precisam se cuidar tanto. Vale lembrar que esses medicamentos não são nada agradáveis e que será preciso ingeri-los para o resto da vida. Fora que qualquer doença mais oportunista em alguém que tenha o vírus pode até mesmo levar à morte. Portanto, cuidado! Camisinha sempre!

Dia Internacional do Preservativo, AHF Brasil diz: “Envolva seu Amor!”

Prevenção das DST, HIV e sexo seguro com o uso do preservativo é o principal foco da AHF em mais de 130 eventos em 31 países – além de mais de 30 mobilizações nos Estados Unidos. De maneira humorada, a AHF pretende promover o uso do preservativo nas relações sexuais.

AIDS Healthcare Foundation (AHF), a maior organização de HIV em todo o mundo, operando em 35 países, celebra mais uma vez o Dia Internacional do Preservativo – International Condom Day (ICD). A celebração acontece hoje, dia 13 de fevereiro, para promover a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), HIV e gravidez não planejada com a distribuição gratuita de preservativos e a realização de eventos sobre sexo seguro em mais de 31 países ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos. AHF pretende realizar mais de 160 eventos em todo planeta.

“Estamos preocupados porque, em todo o mundo, o incentivo público para a importância do uso de preservativos para salvar vidas, está caindo no esquecimento. Manter esse compromisso é necessário e vital por parte dos governos, escolas e organizações de saúde para promover o acesso aos preservativos, que tem acontecido de maneira oscilante e por pouco tempo”, disse Terri Ford, chefe de Política Global e Advocacia da AHF.

“Em alguns países, como a Índia, a escassez de preservativos tem deixado a população mais vulnerável exposta a riscos desnecessários, como as DST e a gravidez indesejada. Este ano nós estamos atraindo a atenção internacional para a importância do sexo seguro e também buscando passar uma mensagem positiva aos jovens sexualmente ativos, para que usem o preservativo cotidianamente, que é fundamental”, completa.

AHF chegou ao Brasil em 2013. A nova sede brasileira da AHF será consolidada em fevereiro deste ano, na cidade de São Paulo. O principal objetivo da AHF Brasil é ampliar o acesso a testagem rápida para o HIV para população em geral e também às populações mais vulneráveis – jovens, gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis, transexuais, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas.

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A AHF assinou, em 2014, um acordo com a Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz, para o desenvolvimento de ações de testagem móvel e pesquisas relativas a testagem e comportamento que beneficiarão as ações desenvolvidas pelo Programa Estadual de DST e Aids do Rio de Janeiro. Ainda em 2014, AHF Brasil expandiu-se para a Região Amazônica a partir da parceria do Departamento Nacional de Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil.

Com organizações da Sociedade Civil local, a AHF colabora com as ações da Interfederativa do Amazonas – uma ação do Governo Federal em conjunto com o Governo do Amazonas, para o desenvolvimento de programas de acesso da população à testagem e tratamento necessário ao HIV e Aids. Além disso, é uma das premissas da AHF Brasil ampliar suas ações de prevenção, utilizando inúmeras estratégias de comunicação como forma de mobilização para a adoção de práticas seguras, com o objetivo de evitar a infecção pelo HIV.

“Nós, da AHF Brasil, estamos otimistas em obter parcerias aqui no país que colaborem com a divulgação do Dia Internacional do Preservativo com o tema Envolva seu Amor!, compartilhando ou publicando a arte da campanha criada para o dia 13 de fevereiro. A ideia é atingir o maior número de brasileiros, principalmente os jovens, sobre a importância do uso do preservativo, e assim consolidar o Dia Internacional do Preservativo no Brasil”, acrescentou Cristina Raposo, coordenadora da AHF Brasil.

Atualmente, cerca de 734 mil pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil. Destas, 145 mil não sabem que tem o vírus. Os jovens entre 15 e 24 anos formam um dos grupos que mais preocupa as autoridades e profissionais de saúde envolvidos com o combate à aids no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em oito anos foram registrados mais de 30 mil casos da doença nesse grupo da população.

Para saber mais sobre as ações e eventos, clique aqui.

Conheça e curta a página da AHF Brasil no Facebook

Brasil bate recorde de pessoas em tratamento contra o HIV e AIDS

Em material distribuído à imprensa ontem, dia 28, pelo Ministério da Saúde, divulgou-se que, em 2015, 81 mil pessoas começaram a tomar os antirretrovirais, um aumento de 13% em relação a 2014. Com esse aumento da adesão aos medicamentos, país já atinge meta de supressão viral

O Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV e AIDS: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.

Outro avanço importante é a supressão viral: 91% dos brasileiros adultos vivendo com HIV e AIDS, em tratamento há pelo menos 6 meses, já apresentam carga viral indetectável no organismo. “Isso significa que essas pessoas não mais transmitem o vírus para outras, e que os antirretrovirais fizeram efeito. É um grande avanço em termos de saúde pública”, frisou o diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que na quinta-feira (28), apresentou, no Rio de Janeiro (RJ), dados inéditos sobre o tema durante o lançamento da campanha de prevenção às DST e AIDS para o Carnaval 2016.

Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), que têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

“O número de pessoas em tratamento representa um recorde histórico. Nunca tanta gente começou a se tratar em um só ano. Isso significa que a campanha realizada pelo Ministério da Saúde no último ano, a #PartiuTeste, funcionou, assim como a campanha do Dia Mundial e as ações que desenvolvemos no âmbito do Programa Nacional de DST, AIDS e Hepatite Virais”, comemorou o diretor no evento, que ocorreu na Quadra da Mangueira com participação da Secretaria Estadual de Saúde, apresentação de passistas da escola de samba e presença do Homem Camisinha, personagem criado especialmente para a campanha.

Em relação às outras metas, o Brasil também tem avançado rapidamente, alcançando melhoras significativas em todos os indicadores. O percentual de brasileiros vivendo com HIV diagnosticados passou de 80%, em 2012 para 83%, em 2014. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do último ano, foram 6,4 milhões – um crescimento de 10%. Já em relação à segunda meta, a oferta de tratamento, o Brasil passou de 44% de pessoas tratadas em 2012 para 62% em 2014, um aumento de 41% no período.

Carnaval

A campanha de Carnaval deste ano, veiculada entre os dias 27 deste mês e 6 de fevereiro, tem como slogan Deixe a Camisinha Entrar na Festa. Ela reforça o preservativo como a mais importante arma de combate ao HIV e AIDS, trabalhando a mensagem de prevenção nas ações pré-carnaval e durante as festas. Entre as peças estão filme, jingle para veiculação em rádios e versão estendida da música para os trios elétricos e carros de som. Foram investidos cerca de R$ 14 milhões na iniciativa.

No filme, um ator fantasiado de camisinha (Homem Camisinha) ajuda seus amigos em situações icônicas de carnaval, como ser convidado para uma festa e apresentar uma paquera. A ideia é mostrar que a camisinha faz a diferença e, assim, incentivar os jovens a se protegerem contra a aids e outras infecções sexualmente transmissíveis em suas relações sexuais.

Também fazem parte da campanha vídeos para redes sociais, peças para a web e ações especiais com os blocos de carnaval, com reforço para as capitais onde foi identificada maior incidência da epidemia, como Manaus e Porto Alegre. Para as redes sociais, serão produzidos pequenos filmes registrando a atuação in loco do Homem Camisinha ao longo da folia.

O diferencial da campanha deste ano é que, a partir da Quarta-Feira de Cinzas, serão distribuídos folhetos nos postos de saúde e outdoors sobre a profilaxia pós-exposição (PEP). Dessa forma, no período pós-Carnaval, o Ministério continuará incentivando a testagem e o tratamento para os casos de sorologia positiva, completando assim, o tripé da prevenção.

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Profilaxia pós-exposição

A profilaxia pós-exposição (PEP) é um procedimento que evita a proliferação do vírus HIV caso o medicamento seja tomado em até 72 horas após a exposição ao vírus, como nos casos de sexo desprotegido. O ideal, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir).

Durante todo o ano de 2015, foram ofertados 42,3 mil tratamentos para Profilaxia Pós Exposição (PEP) em todo o país, um crescimento de 48,7% em relação ao ano de 2014, quando foram dispensados 28,4 mil tratamentos. Os resultados se devem, em grande parte, às ações como o novo Protocolo Clinico de Diretrizes e Tratamento, que simplifica os procedimentos para o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição ao vírus do HIV. Publicado em agosto do ano passado, o documento recomenda um esquema único de tratamento a todas as situações.

A partir desta quinta-feira, entra no ar, no site do Departamento de DST, AIDS e hepatites virais (DDAHV) do Ministério da Saúde, uma nova área sobre Profilaxia Pós-Exposição (PEP) com informações customizadas para o usuário do SUS, profissionais de saúde e gestores estaduais e municipais. O conteúdo incluirá a lista das 515 unidades de saúde que ofertam a PEP.

Preservativos

Em 2015, o Ministério da Saúde distribuiu 574 milhões de preservativos (552 milhões masculinos e 22 milhões femininos), superando os 443,8 milhões distribuídos em 2014. Desde novembro, o Ministério emitiu comunicado para que os estados se preparassem para o carnaval. Assim, foram encaminhados, apenas nos meses de novembro e dezembro, 123 milhões de camisinhas. Em janeiro desse ano, nova remessa de 31 milhões foi encaminhada.

Durante o carnaval haverá distribuição de 5 milhões de preservativos em ações especiais nos blocos, com a presença do Homem Camisinha, em cidades como Recife, Olinda, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Ouro Preto. Serão enviados, a bares selecionados, dispensers com preservativos e cartazes para sinalização dos pontos de distribuição gratuita.

 

Sexo Sem Dúvidas: um assunto que pais e professores não podem ignorar

Da reprodução e o início da vida humana, até o ato sexual seguro. Samuel Lago, autor de Sexo sem dúvidas para pré-adolescentes e adolescentes da Editora Nossa Cultura, não deixa passar nenhum dos questionamentos mais comuns sobre sexo e sexualidade que podem surgir na faixa-etária entre 10 e 15 anos.

Em formato didático, o autor apresenta conteúdo consistente usando como apoio ao texto explicativo, imagens e ilustrações que simplificam a conversa sobre o assunto.

O livro trata desde temas biológicos como a reprodução dos animais, passando pela fisiologia sexual humana; até abordagens com implicações psicológicas e sociais de abusos sexuais, gravidez na adolescência e pedofilia.

A AIDS recebe atenção especial do autor com um capítulo específico sobre o tema. Tal destaque justifica-se pelos recentes dados do Ministério da Saúde que apontam que o maior crescimento de casos da doença está entre jovens de 15 a 24 anos. Em oito anos, foram quase 30 mil casos de HIV positivo neste grupo da população. O autor divide o capítulo em tópicos que explicam como se pega ou não se pega AIDS, se existe teste para a doença, traz ainda dados sobre a AIDS no Brasil, e fala sobre a importância do uso da camisinha na prevenção desta e de outras DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

Temas tabus como masturbação, sexo anal, congelamento de embriões e tamanho ideal do pênis são apresentados com linguagem acessível à faixa etária a qual se destina o livro. Mesmo a religião relacionada ao sexo e à sexualidade é comentada, neste caso, a partir da opinião pessoal do professor.

Em concordância ao projeto de abordar a sexualidade como parte normal e saudável da vida humana, o professor traz ainda pensamentos para reflexão com excertos de filósofos e autores sobre juventude, adolescência e sexo. O glossário que finaliza a obra serve de consulta direta a termos como “vulva”, “transexual”, “estupro”, “cafetão” “epidídimo” etc.

Apesar de seu viés didático, Sexo sem dúvidas é um livro também para os pais inseguros quanto à abordagem da sexualidade, presente cada vez mais cedo na vida das crianças. Para os professores é um material de apoio fundamental, pela linguagem acessível e objetiva à faixa etária que começa a ter contato com o sexo.

O assunto sexo e sexualidade vai muito além do ato sexual e da reprodução. Abrange o que são as pessoas, seus sentimentos e relacionamentos. Implica ainda aprendizagem, reflexão, valores morais, éticos, religiosos e escolhas. A escola e os pais não podem ignorar, reprimir ou omitir-se!

Sobre o autor

O professor, educador e biólogo Samuel Ramos Lago nasceu em 8 de maio de 1941, em Lins, estado de São Paulo. Tem um histórico de vida que dispensa apresentações: quarenta anos consagrados ao ensino e à criação de obras didáticas que, pelo seu pioneirismo e concepção inovadora, abriram novas perspectivas pedagógicas não só no ensino de Ciências e Biologia como em outras áreas. Ama a educação.

Milhares de alunos passaram por suas mãos provenientes do Ensino Fundamental, cursinhos pré-vestibulares e mesmo da Pontifícia Universidade Católica – PUC – onde lecionou por dez anos.

Cerca de 30 milhões de alunos estudaram nos livros que escreveu e/ou foram editados por ele; hoje mais de 50 livros.
– Sócio-fundador da Sociedade Educacional Positivo (Curitiba) em 1972.
– Fundador da Editora Lago – janeiro, 1996.
– Sócio-fundador da Editora Nossa Cultura – fevereiro, 2005.

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Sexo sem Dúvidas
Editora: Nossa Cultura
Autor: Samuel Ramos Lago
Preço: 39,00

M.A.C AIDS Fund comemora marco milionário com atividades voluntárias

A M·A·C AIDS Fund, investidora corporativa número um em programas globais de HIV/AIDS, está feliz em anunciar que a campanha VIVA GLAM levantou US$400 milhões, por meio de vendas de Batons e Lipglass da M·A·C VIVA GLAM, para ajudar pessoas de todas as idades, todas as raças e todos os sexos portadores do HIV e AIDS ao redor do mundo. A marca comemora este marco milionário através de parcerias com influenciadores globais, funcionários da M·A·C e organizações locais de serviços de HIV/AIDS por todo o mundo, em uma iniciativa voluntária global que abrange 35 mercados.

Como parte da comemoração, em 1º de dezembro, formadores de opinião serão voluntários nas lojas da M.A.C vendendo Batons e Lipglass da M·A·C VIVA GLAM. As voluntárias da M.A.C Morumbi serão as blogueiras Juliana Goes, 17 às 19 horas, Priscila Paes, 18 às 20 horas e Janaína Make Up, 19 e  21 horas.

A M.A.C Higienópolis contará entre 14 e 16 horas com a presença da blogueira Camilla Cabral e entre 18 e 20 horas com o blogueiro Fabiano, do blog Maquiagem de Homem. A voluntária da M.A.C Iguatemi entre 18 e 20 horas será a blogueira Manuela Carvalho e a as voluntárias da M.A.C Top Center serão Julia Petit, entre 18 e 20 horas e Stephanie Noelle entre 19 e 21 horas.

Com 100% do valor das vendas revertidos para apoiar homens, mulheres e crianças com HIV/AIDS, a M·A·C AIDS Fund continua sua longa tradição em um investimento corajoso e valente por todo o mundo.

“Nós estamos muito orgulhosos de alcançar este incrível marco milionário. Estamos prospectando parcerias com organizações mais dedicadas, maximizando o impacto de nossos esforços, e alcançando um longo final para esta epidemia” disse Nancy Mahon, Vice Presidente Sênior, Diretor Executivo Global da M·A·C AIDS Fund e de Filantropia Global e Cidadania Corporativa para a Estée Lauder Companies. “A M·A·C AIDS Fund está trabalhando em parceria com nossos consumidores, funcionários, fornecedores e varejistas para apoiar populações mais carentes e vulneráveis e garantir que pessoas portadoras de HIV/AIDS tenham acesso aos serviços que precisam.

Para seguir as atividades globais, por favor, siga a hashtag #MACCares em todas as plataformas das mídias sociais.

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M∙A∙C AIDS Fund

A M∙A∙C AIDS Fund, coração e alma da M∙A∙C Cosmetics, foi consagrada em 1994 para apoiar homens, mulheres e crianças portadoras do HIV/AIDS. MAF é a pioneira em financiamento de serviços para portadores de HIV/AIDS, proporcionando suporte financeiro para organizações que trabalham em regiões com populações carentes. Recentemente reconhecida pela Funders Concerned About AIDS como o principal doador corporativo na área, MAF está comprometida em enfrentar a ligação entre pobreza e HIV/AIDS, apoiando diversas organizações por todo o mundo que proporcionem uma extensa variedade de serviços às pessoas portadoras de HIV/AIDS. Até a data, alcançamos mais de $400 milhões, exclusivamente pela doação de 100% das vendas de Batons e Lipglass da M∙A∙C VIVA GLAM, para combater o HIV/AIDS. Para mais informações, visite o site.